Paula Belmonte e Tolentino repudiam retirada de nomes do relatório da CPI do BNDES

Deputada também denunciou manobras para inviabilizar votações na comissão e troca de membros do colegiado (Foto: Robson Gonçalves)

Os deputados federais do Cidadania Paula Belmonte (DF) e Fabiano Tolentino (MG) repudiaram a retirada de nomes, como os dos ex-presidentes Lula e Dilma do relatório da CPI do BNDES. Vice-presidente da comissão, Belmonte classificou de “lamentável” a decisão do relator Altineu Côrtes (PL-RJ) de remover de seu parecer nomes que estavam elencados para pedidos de indiciamentos. O parlamentar liberal disse que estava tomando essa atitude para tentar aprovar o relatório.

Segundo a deputada, o envolvimento das pessoas incluídas no relatório com ilícitos no BNDES é inquestionável, “não só por materialidade de fatos e documentos, mas também por depoimentos, sigilosos ou não”.

“Não aceitamos a retirada desses nomes. Queremos que eles sejam inseridos no relatório novamente”, defendeu.

Fabiano Tolentino se disse triste por causa da retirada dos nomes pelo relator.

“Devíamos ter ido até o fim”, disse a Altineu Côrtes.

“Quem não concorda com o texto, é só não votar a favor. Tirar nomes de quem lesou o país é um absurdo”, desabafou.

Além de Lula e Dilma, o documento pede o indiciamento de mais 70 pessoas.

Manobras protelatórias

Paula Belmonte denunciou manobras usadas por partidos de oposição, principalmente PT e PSOL, para prejudicar a votação do relatório final. Além de protelar a votação, os partidos promoveram a troca de membros da comissão. Deputados petistas declararam que não queriam que a CPI tivesse relatório.

A parlamentar do Cidadania lembrou que a CPI trabalhou por três meses e reuniu documentos públicos e sigilosos que mostram indícios de crimes envolvendo o dinheiro público no banco de desenvolvimento. Os deputados tentaram votar o relatório nas reuniões da comissão de terça e quarta. Sem sucesso.

“Estão fazendo uma brincadeira com o povo brasileiro”, denunciou Paula Belmonte.

Voto em separado

Paula Belmonte apresentou voto em separado no qual pediu o indiciamento da deputada Gleisi Hoffmann (PT-SC), que é presidente do PT e mulher do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo. Segundo a parlamentar do Cidadania, ela recebeu dinheiro ilícito do marido, conforme demonstram depoimentos colhidos pela CPI. A parlamentar incluiu no rol funcionários do BNDES porque, de acordo com sua justificativa, eles figuraram em vários contratos que geraram prejuízos ao banco.

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