O sotaque nordestino é ouvido de cabo a rabo neste #ProgramaDiferente sobre a Literatura de Cordel, que une do analfabeto ao intelectual nesse dialeto sem igual. Diga-se, aliás, que há exatamente um ano virou patrimônio imaterial, reconhecido em setembro de 2018 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Tipo de poema popular, oral e impresso em folhetos, geralmente expostos para venda presos em cordas ou cordéis, o nome surgiu em Portugal, país que tinha esse hábito de pendurar os livretos em barbantes. Acabou se tornando um símbolo da cultura do povo brasileiro.
Os autores, ou cordelistas, recitam seus versos de forma melodiosa e cadenciada, às vezes acompanhados do som da viola, bem como fazem suas leituras, cantorias ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores, desde a origem da tradição nas feiras do Nordeste.
E assim, na sua métrica poética, são transmitidos os costumes locais, fortalecendo as identidades regionais. Eita, cabra da peste! O cordel é uma conquista. Existe até – e o programa mostra – cordel com tema político, de ideologia socialista e comunista.
Tem “Dia do Poeta de Cordel” em agosto e em novembro tem “Dia do Cordelista”. Isso tudo porque uma data apenas é pouco para celebrar todos esses artistas.A cultura popular, para nós, deve ser festejada o ano inteiro. Existe até a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com sede no Rio de Janeiro. (#BlogCidadania23)