O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), vice-presidente da região Sudeste da FPA (Frente Parlamentar Agropecuária) criticou o viés que o presidente Jair Bolsonaro vem usando em suas viagens internacionais.
“Estou muito desagradado de ver uma política internacional conduzida por razões ideológicas, de convicções inclusive comportamentais”, disse.
Jardim salientou que “política externa é para defender os interesses do país, para manter relações, para ter valores que o Brasil preserva, como não apoiar ditaduras, preservar a democracia, mas passar a fazer uma condução ideológica na política externa é algo equivocado, que pode nos levar a algo muito difícil para o país, constrangedora para os negócios, longe de ser nosso objetivo”.
Para Jardim, faltou um movimento claro em direção àquilo que significasse ampliação de mercados. O parlamentar lamentou a decisão do presidente de abrir um escritório de negócios em Jerusalém, que abriu um contencioso com o mundo árabe.
“Eu temo muito isso. Nós precisamos de um bom mercado”, defendeu.
Jardim lembrou que com a viagem aos Estados Unidos se iniciou um processo para liberar a venda de carne do Brasil para aquele país, que está suspensa.
“Estamos esperando a comissão que vem aqui fiscalizar para retomarmos a exportação”, disse.
Depois da visita de Bolsonaro aos EUA, o Brasil abriu seu mercado para a importação de trigo, “mas não tivemos contrapartidas claras nesse sentido”. Na viagem ao Chile, pouco se falou de relações comerciais.