Agressão, pressão e manobras marcam reunião de comissão que tenta aprovar cultivo e comercialização medicinal da cannabis

Vice-líder do Cidadania foi um dos alvos dos governistas que tentam impedir aprovação da matéria

O vice-líder do Cidadania na Câmara dos Deputados, Daniel Coelho (PE), denunciou manobra de aliados de Bolsonaro para retirá-lo da comissão especial que votaria nesta terça-feira (18) projeto de Lei que autoriza em todo o território nacional o plantio e a produção de cannabis para fins medicinais.

Coelho perdeu o lugar após o líder do Podemos, Hugo Mota, enviar ofício ao colegiado. A estratégia de Mota foi substituir o deputado do Cidadania por outro parlamentar que fosse alinhado com o discurso dos governistas. O partido de Daniel Coelho defende a autorização para plantio e comercialização de cannabis para fins exclusivamente medicinais.

O golpe dos aliados do Palácio do Planalto ocorreu depois de um discurso feito pelo vice-líder do Cidadania, recomendando o voto favorável ao projeto de Lei que pode beneficiar pacientes com câncer, Alzheimer, entre outras doenças.

“Mandaram um ofício para me retirarem da comissão.  Eu não vou ter a possibilidade de votar. Eu poderia até achar isso cômodo, pois não entraria no desgaste. Mas faço questão com essa fala de deixar registrada minha luta na defesa de todos os pacientes que precisam da cannabis medicinal em nosso país”, afirmou Coelho.

Daniel Coelho fez um relato emocionado sobre a luta de pacientes contra o câncer e citou a experiência da própria mulher que, há dois anos, conseguiu uma liminar judicial para fazer uso de remédios à base de cannabis. Os resultados, segundo o parlamentar, foram excelentes.

Confusão

Durante a votação houve um princípio de tumulto. O presidente da comissão especial, Paulo Teixeira (PT-SP), acusou o colega Diego Garcia (Podemos-PR) de tê-lo agredido. A reunião foi encerrada sem que a votação fosse concluída.

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