Senadora diz em live da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) que o governo federal, com suas políticas restritivas, não dialoga com o mundo do trabalho, que se apresenta já com mais de 14 milhões de desempregados (Foto: Reprodução/CSB)
Às vésperas do Dia do Trabalhador, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) participou, nesta quinta-feira (29), de live promovida pela CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e disse que o presidente Jair Bolsonaro trata como inimigos os trabalhadores e, por isso, ele desmantelou um ministério inteiro – o do Trabalho e Emprego foi fundido ao da Economia – e buscou destruir o movimento sindical.
Na sua avaliação, o governo, com suas políticas restritivas, não dialoga com o mundo do trabalho, que se apresenta já com mais de 14 milhões de desempregados.
Ela criticou ainda o governo por não construir uma transição para o fim do imposto sindical, trazendo graves prejuízos às entidades classistas em todo o País.
Sobre as medidas sociais anunciadas pelo presidente Biden, nos EUA, a senadora lamentou que no Brasil a taxação de grandes fortunas e de heranças sofre muita resistência e que os projetos nessa direção costumam ficar bloqueados, infelizmente, no Congresso Nacional.
Eliziane Gama é autora do projeto de lei (PLP 50/2020) em tramitação no Senado que institui imposto sobre grandes fortunas e empréstimo compulsório para financiar as necessidades de proteção social decorrentes da pandemia de coronavírus (veja aqui).
Pela proposta, o imposto seria temporário para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. A estimativa é de que a arrecadação seja de R$ 40 bilhões.
Vacinas
Quanto a compra de vacinas pelas empresas privadas, Eliziane Gama disse que o projeto em tramitação no Congresso não resolve o problema da pandemia no Brasil.
Além do coordenador, Antônio Neto, participaram ainda da live o senador Cid Gomes (PDT-CE) e o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).