Freire defende união de forças democráticas contra Bolsonaro

Ele participou de um encontro virtual com os representantes Central dos Sindicatos Brasileiro, PDT, PSDB, PSB e PCdoB, para debater o papel dos partidos na reconstrução nacional

O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, defendeu nesta quarta-feira (28) a união de forças democráticas para derrotar Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Segundo o dirigente, o momento exige convergência, já que o “governo Bolsonaro levou o país para o fundo do poço”.

“Nós precisamos derrotar essa força que trouxe o Brasil até aqui. A gente precisa falar não apenas dos erros, equívocos e crimes cometidos pelo governo, mas precisamos construir. Porque não haverá normalidade, mas outra realidade. Sairemos disso tudo com o mundo totalmente diferente. Isso vai mudar nossas relações sociais e políticas. O momento é de reflexão e construção. Precisamos saber como construir esse novo Brasil”, defendeu durante encontro virtual com representantes da Central dos Sindicatos Brasileiro, PDT, PSDB, PSB e PCdoB.

Freire alertou ainda que é preciso pensar no futuro, principalmente por conta dos avanços científicos e tecnológicos aos quais o mundo vive.

“Precisamos também nos unir para pensar no futuro. É preciso entender o que está acontecendo. O mundo é diferente do que vivíamos no século 20. Vivemos uma nova era da civilização e, se não entendermos isso, corremos o risco de achar que estamos nos unindo quando, na verdade, estaremos nos separando da sociedade”, ressaltou.

Durante o evento, o presidente do PDT, Carlos Luppi, destacou a importância da CPI da Pandemia.

“A CPI começa a tomar formato. Não é possível que o tema não será discutido em profundidade. São muitos companheiros e dezenas de brasileiros que morreram e continuam morrendo. Não é possível que essa conta não vá para o Bolsonaro. Esse homem tem que ir para a cadeia. Virou as costas para a ciência e gozou da cara do povo quando todos clamavam pela vacina. A que ponto chegamos. É hora de unir os democratas. Deixar em segundo plano as diferenças que são pequenas perto desse profeta da ignorância”, disse.

Para o vice-presidente do PSDB e deputado federal Domingos Sávio, as legendas que defendem a democracia precisam fazer uma autocrítica.

“Precisamos enfrentar algo que não está dando certo e não é só de agora. Nós temos que que ter coragem de fazer uma reflexão sobre a organização política sem abrir mão da democracia. Não é possível continuarmos com o mesmo modelo que em todos os governos desde Collor. Como podemos construir uma grande transformação nessa nação?”, sustentou.

Já o presidente do PSB, Beto Albuquerque, reforçou a importância do fortalecimento da democracia.

“As preocupações são comuns a todos nós. Temos ameaças permanentes ao estado democrático de direito, às instituições e a democracia. Desde o primeiro dia de governo de Bolsonaro convivemos com ameaças à República. Precisamos cada vez mais nos fortalecer e defender a democracia. A luta é fundamental”, destacou.  

O vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino, chamou atenção para o desarranjo do país, que, segundo ele, representa um perigo para uma escalada autoritária.

“Bolsonaro não tem capacidade de definir seu inimigo principal. Atira para todos os lados para escapar de questões criminais praticadas por ele. Temos o STF extremamente proativo para o bem e mal. Um Congresso Nacional empoderado. Acho que 2022 representará o fim desse ciclo negativo. De qualquer forma estamos em uma situação menos desfavorável. Podemos vencer Bolsonaro e reverter essas situações”.

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