Manente: modificar Lei de Mobilização Nacional é abrir caminho para golpe de Estado

Líder do Cidadania na Câmara disse à Globonews que partido é contra ampliação de poderes do presidente Jair Bolsonaro

O líder do Cidadania na Câmara dos Deputados, Alex Manente (SP), disse em entrevista à Globonews que o partido é contra a votação do Projeto de Lei 1074/21, que altera a Lei de Mobilização Nacional. O deputado Major Vitor Hiugo, líder do PSL, partido de Jair Bolsonaro na Casa, propôs a votação urgente do projeto para permitir o uso do dispositivo, previsto apenas para casos de guerra, durante a pandemia.

Escalada golpista

A proposta, se aprovada, ampliaria os poderes do presidente, dando a ele inclusive o controle das polícias militar e civil dos estados.

“Somos contra qualquer modificação da Lei de Mobilização Nacional, que prevê poderes irrestritos ao presidente da República em período de guerra. O deputado Vitor Hugo quer nesse momento ampliar esse poder com a crise sanitária que o Brasil vive, dando possibilidades, inclusive margem de interpretação, para que o presidente possa utilizar dessa lei para avançar em qualquer processo de golpe de Estado”, rechaçou Manente, nesta terça-feira (30).

O presidente do Cidadania, Roberto Freire, reforçou que Bolsonaro não precisa de mais poder para fazer o que se cobra dele: comprar vacinas, estimular o uso de máscaras e o distanciamento social e adotar medidas econômicas para enfrentar a pandemia e garantir emprego e renda aos cidadãos. Na avaliação de Freire, Bolsonaro na verdade quer poder para impedir investigações sobre si e sobre seus filhos.

“Os presidentes no Brasil já têm muito poder. Bolsonaro nada fez com esse poder e essa caneta para garantir vacinas, emprego e crescimento econômico para os brasileiros. Quer mais poder para quê? Para fugir da polícia, que está batendo à porta dos seus filhos e logo talvez bata à sua porta?”, criticou.

Freire se refere a escândalos de corrupção, rachadinha, contratação de funcionários fantasmas, lavagem de dinheiro e tráfico de influencia envolvendo Flávio, Carlos, Eduardo e Jair Renan. “Temos que barrar a escalada golpista de Bolsonaro. Já instalou a indisciplina e a anarquia nas Forças Armadas. Agora, numa crise provocada por ele mesmo, tenta golpear a democracia”, alertou.

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