A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) defendeu nesta quarta-feira (24) que “não se pode fazer uma escolha de Sofia entre alimentação, saúde e educação” na discussão sobre os meios de financiamento do auxílio emergencial. Ela criticou a decisão do relator do orçamento da União de tirar recursos da Saúde e do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).
“Os jovens e as crianças da escola pública já estão prejudicados com a suspensão das aulas e agora vem a proposta de redução dos repasses do Fundeb”, destacou. Paula Belmonte lembrou que o Cidadania protocolou projeto que estabelece o pagamento do auxílio emergencial por mais seis meses.
A parlamentar ressalvou que “temos certeza da necessidade do auxílio emergencial, mas temos também os nossos jovens, que se sentem frustrados e sem perspectiva de futuro”. Para a deputada, a educação é uma porta de saída de jovens do assistencialismo.
Ela observou que não se pode prejudicar um jovem preparado com o conhecimento, por meio da educação. “Não podemos tirar o dinheiro destinado a construção de um cidadão com competência, com preparo para trabalhar, por exemplo, na economia O Brasil precisa desse cidadão”.
No entender de Paula Belmonte, os recursos dos partidos políticos é que deveriam custear o auxílio emergencial, não a educação e a saúde. “Sou a favor de diminuirmos o custo do Estado, mas não prejudicando essas áreas que são fundamentais para a sociedade”.
Volta às aulas
Paula Belmonte voltou a defender a volta às aulas o quanto antes, pois a suspensão, disse, está prejudicando principalmente as crianças e jovens pobres. “As escolas privadas estão funcionando”. A deputada lamentou o fato de que o Brasil seja um dos países que por mais tempo submeteu as crianças à paralisação.