Presidente afirmou que não vai procurar laboratórios e que não está preocupado com pressão para adquirir vacinas
O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, condenou a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que as empresas que produzem vacinas contra a covid-19 deveriam procurar o governo brasileiro caso tenham interesse em vendê-las para o Brasil.
“Bolsonaro trata a vida dos brasileiros como se fosse uma bugiganga comercial qualquer. Temos mais de 210 milhões de habitantes e quase 200 mil mortos. Necessitamos tal como as demais nações das mesmas vacinas. Nós é que temos de correr contra o tempo pra poupar vidas brasileiras”, ressaltou Freire.
Nesta segunda-feira (28), Bolsonaro afirmou a apoiadores na entrada do Palácio do Alvorada que não procuraria os laboratórios para negociar e voltou a afirmar que não está preocupado com a pressão para que o Brasil tenha logo uma vacina.
Após o pronunciamento do presidente, a Pfizer, farmacêutica norte-americana que desenvolve uma vacina em parceria com a BioNTech, disse em nota que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) requer análises específicas para o Brasil, o que leva mais tempo de preparação.
“A resposta da Pfizer a Bolsonaro sugere que a Anvisa atrasa o processo de aprovação das vacinas ao fazer exigências que outros países não fizeram. Quando os sábios burocratas disserem sim, não haverá vacina pra comprar. De duas uma: incompetência ou politização. Ambas criminosas”, sustentou o presidente do Cidadania.
Para Freire, a atitude de Bolsonaro é criminosa e destoa das ações adotadas pelos líderes dos mais de 40 países que já estão protegendo a sua população da doença.
“Informação para os que tentam isentar Bolsonaro do crime que comete de deixar o Brasil e seu povo ainda sem vacina prevista: saibam que todos os países que já estão salvando a vida de seus povos com a vacina, têm presidentes e primeiro ministros que trabalharam para tal vitória”, reforçou o ex-parlamentar.