Para a senadora, a exigência cria dificuldades para o sucesso da vacina no combate à Covid-19 (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
A líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), criticou nesta terça-feira (15) a decisão do governo de editar a medida provisória que prevê a compra de vacina contra a Covid-19 pelo programa internacional Covax Facility com a previsão de um “termo de consentimento” a ser assinado por quem tomar a futura vacina.
“Nós estamos lidando com um governo que coloca a disputa política e suas convicções à frente do bem do povo brasileiro. Enquanto o governo bate cabeça, o Brasil perde vidas e também perde tempo. O Congresso Nacional não vai aceitar isso”, afirmou a parlamentar.
De acordo com o relator da MP, deputado federal Geninho Zuliani (DEM-SP), o texto a ser votado pelo Congresso prevê o consentimento com o objetivo de tirar da União a responsabilidade sobre eventuais efeitos colaterais da vacina.
Para Eliziane Gama, a exigência cria dificuldades para o sucesso da vacina no combate à Covid-19.
“A proposta agride a saúde pública. A responsabilidade pelos medicamentos é dos laboratórios, não do governo. A Anvisa decide tão somente sobre os relatórios de pesquisa. Talvez uma proposta razoável seja a não obrigatoriedade da vacina”, defendeu.
A MP deve ser votada hoje (15) pela Câmara dos Deputados. A previsão do relator é de que o relatório seja aprovado até quinta-feira (17).