FAP e Frente Democrática Popular fazem pré-lançamento de livro sobre Sérgio Grando

“Queremos que as pessoas vejam Grando como aquele homem que atuou em todas as frentes com a emoção de quem sempre quis a transformação da sociedade”, diz Elaine Otto, idealizadora do projeto em homenagem ao ex-prefeito falecido em 2016 (Foto: Eduardo Guedes de Oliveira/Agência Alesc).

A FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e a Frente Democrática Popular realizaram virtualmente, nesta quarta-feira (9), o pré-lançamento do livro “Grando, Presente!”. A obra reúne relatos de amigos e colegas políticos do ex-prefeito de Florianópolis Sérgio Grando, falecido em 2016, o primeiro prefeito de capital eleito pelo então recém-fundado Partido Popular Socialista (PPS).

Segundo a idealizadora do projeto, Elaine Otto, o livro tem como objetivo mostrar o pensamento de Grando e a sua constante luta pela transformação da sociedade.

“O que queremos é que as pessoas vejam Grando como aquele homem que atuou em todas as frentes com a emoção de quem sempre quis a transformação da sociedade. Ele realizou um governo que, em quatro anos, foi totalmente comprometido com a ética política. Uma gestão alinhada às mudanças e às transformações que a sociedade precisava naquele momento. Ele não abandonou o desenvolvimento da cidade, mas sempre [atuou] direcionado à periferia. Levou ônibus ao morro, levou água e o [projeto] Sacolão do Povo aos mais necessitados. Ao mesmo tempo capitaneou a vinda do turismo para Florianópolis. Sempre atuando com um ideal desenvolvimentista”, disse Elaine.

O presidente do Cidadania, Roberto Freire, responsável pelo prefácio do livro, destacou em seu texto que Sérgio Grando precisa ser lembrado como um exemplo de defesa da democracia.

“[Grando] Precisa ser lembrado para reflexão e como exemplo para as novas gerações. Ele foi o político militante das diversas causas em que se empenhou, o combatente da resistência democrática, o profissional da educação, o líder sindical, o organizador do PCB no retorno à legalidade, o legislador e o prefeito de Florianópolis. Em segundo lugar, porque a democracia vive hoje no País um momento reconhecidamente difícil, exigindo de todos, em nome da sua defesa, que se recorra ao diálogo, à articulação política, à construção de convergências fundamentais a fim de se evitar retrocessos”, defendeu.

Já a sua irmã, Sílvia Grando, elogiou a obra e afirmou que o livro representa o ideal com o qual Sérgio Grando sempre trabalhou: o da liberdade.

“É um livro livre. Não tem regras e limites. A forma livre com que o livro foi construído simboliza a visão que meu irmão tinha em relação a construção de uma cidade e da esquerda como um todo. Esse livro nasce de uma convergência de sentimentos de quem viveu o período com meu irmão”, explicou.

Segundo Francisco de Assis, outro idealizador do livro, Grando sempre defendeu virtudes que deveriam ser inerentes a qualquer homem público em uma democracia.

“Grando sempre nos estimulou muito na capacidade de articular. Sempre defendeu princípios como a ética, moralidade e honestidade que foram expressados em as suas realizações como gestor. Sempre preocupado com os mais necessitados”, elogiou.

Sérgio Grando

Sérgio Grando era natural de Veranópolis-RS e professor de formação. Foi prefeito de Florianópolis no período em 1993/1996 pelo PPS. Também atuou como deputado estadual de Santa Catarina, na legislatura 1991/1994. Em 2010, se tornou presidente da extinta da Agesan (Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico) e até o seu falecimento, ocorrido em 2016, aos 66 anos, comandou a diretoria Técnica da ARESC (Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina).

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