Freire: Bolsonaro age como “arauto da morte” ao recusar vacina que pode controlar pandemia de Covid-19

Eliziane Gama, líder do Cidadania no Senado, e o apresentador Luciano Huck também criticaram politização da saúde pública

O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou nesta quarta-feira (21) em suas redes sociais não ter interesse em adquirir vacina produzida pela China e que está sendo testada, já na terceira fase, em São Paulo.

“Bolsonaro é o arauto da morte. Dela se alimenta. Não importa se a vacina pode nos livrar da Covid. Pra ele, quanto mais brasileiros doentes, com sequelas e mortos, melhor. Pra ele, é política acima de tudo. Pazuello parecia render-se ao bom senso, mas o chefe é o insano de sempre”, apontou.

Freire disse, ainda, ver na recusa de uma vacina que poderia salvar vidas mais um motivo para um eventual impeachmente de Bolsonaro. “Ele se revela um criminoso nesse episódio do cancelamento, por pura politicagem, do convênio assinado pelo seu ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com o Instituto Butantan e governadores dos Estados para a produção de uma vacina”, sustentou.

Após pressão de Bolsonaro, o Ministério da Saúde, que havia encaminhado ofício ao Butantan manifestando intenção em adquirir 46 milhões de doses da Sinovac, afirmou hoje que “não há intenção de compra de vacinas chinesas”.

A líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama, também mostrou indignação em sua conta no Twitter.

“A decisão de desautorizar o Ministério da Saúde a comprar a vacina chinesa contra o Coronavírus beira a estupidez. Desprezar uma vacina eficaz apenas em razão do país que a produz é menosprezar a vida. Queremos a cura da doença. Politizar saúde pública é irresponsabilidade”, acusou.

Também no Twitter, o apresentador Luciano Huck afirmou que o que interessa é salvar vidas e a melhor forma de fazer isso é ouvindo a ciência.

“Quem não quer ver todos nós protegidos contra a Covid19? Todos vacinados e a vida voltando a ser como era antes. Vencer o virus é prioridade agora. Brigas políticas, negacionismos, paixões ideológicas, xenofobias e afins não devem se sobrepor à ciência neste momento”, argumentou.

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