A formação da chapa de vereadores do Cidadania de Porto Velho envia um recado a todo o país e aproxima o partido de uma maior representatividade da sociedade brasileira. A avaliação é da coordenadora do setorial de Mulheres do partido, Tereza Vitale. Na capital de Rondônia, 14 dos 25 nomes na disputa por uma vaga na Câmara Municipal são mulheres, entre elas, uma mulher trans, Renata Evans.
“Há aquela visão equivocada de que mulher não gosta de política. Taí a prova de que gostamos sim, só precisamos ser acolhidas pelos partidos”, aponta Tereza.
As mulheres também marcam presença na chapa que disputa a prefeitura da capital, com a tenente da Polícia Militar Heline Braga na vice do advogado Vinicius Miguel, que preside o Cidadania estadual.
“O partido entendeu que é necessário percorrer caminhos diferentes para chegar em lugares diferentes. E não teria como fazer isso sem contemplar a diversidade e a pluralidade”, elogia Anne Cleyanne, que coordena o setorial de Mulheres no estado.
Anne sustenta que foi preciso consolidar o setorial e mostrar que as mulheres participavam do processo decisório para elas “entenderem que existia um espaço que era delas de direito, para elas e por elas, que não tinham que se esforçar e provar o dobro para ser delas”. “O resultado não poderia ser melhor, foi formada uma plataforma de candidaturas espontâneas femininas, um bazeiro de sororidade”, resume.
Tereza vai na mesma linha e cita o lema já comum das mulheres, o de que o lugar da mulher é onde ela quiser.
“Abrimos o partido para os movimentos. Elas aprenderam que política é para homens e para mulheres. A questão mais importante nessa chapa é a da visibilidade. Porto Velho deu espaço e as mulheres superaram. Não precisa nem chegar a tanto. O que queremos é paridade. Aí, sim, teremos democracia verdadeira”, observa.
Igualdade e democracia
O candidato a prefeito do Cidadania na capital diz que a participação feminina no Estado foi parte da estratégia de renovação em consonância com o discurso de equidade que faz parte do programa do partido.
“Nós colocamos a mulher como prioridade, superando o modelo tradicional de que candidaturas femininas são apenas pra cumprir formalidade legal. Temos a igualdade como ponto central da democracia”, explica Vinicius Miguel.
A coordenadora nacional do setorial de Mulheres ainda vê esse sucesso, contudo, como conjuntural e diz esperar que essa abertura amplie definitivamente a participação feminina na política.
“Esperamos que perdure e chegue a 2022 levando mais mulheres para o Parlamento. Temos uma pauta enorme pra fazer jus aos nossos direitos, fora as questões universais para as quais estamos igualmente talhadas, como Economia, Segurança e Educação”, conclui Tereza.
Confira abaixo a lista de candidatas do Cidadania à Câmara Municipal de Porto Velho: