Guedes se revelou um péssimo condutor e gestor da economia, diz, em live, presidente do Cidadania

Conversa com o pré-candidato a vereador Pedro Melo e o deputado Alex Manente também abordou prisão em segunda instância e conquistas dos LGBTs

O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, criticou a atuação do ministro Paulo Guedes à frente do ministério da Economia. Para ele, Guedes não é um liberal, como se apresentava, mas um nome a favor do bolsonarismo. 

“Parecia que iria representar um novo Brasil, com progresso, economia pujante. Nunca vi alguém prometer tanto. Dizem que é um excelente palestrante, mas se revelou um péssimo condutor e gestor da economia”.

Freire deu as declarações nesta terça-feira (18) em um bate papo com o pré-candidato a vereador por São Paulo, Pedro Melo, ao lado do deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP) para discutir o cenário econômico do país.

Freire lembrou que o auxílio emergencial só foi possível pela atuação do Congresso Nacional. “Se esperássemos o governo, os brasileiros não seriam socorridos em meio à pandemia porque até para implementar essa política o governo comete desatinos. Milhões de pessoas acessaram sem ter nenhum direito, inclusive militares”, ponderou.

Para o ex-parlamentar, Guedes também tem trabalhado para reeleger Bolsonaro, que usa o auxílio emergencial para fins eleitoreiros. “Defendemos a renda básica por conta das desigualdades. Precisamos enfrentar a pobreza e miséria e a renda básica é importante, mas precisa ser tratada com seriedade”, disse.

Freire destacou ainda a necessidade de discutir um projeto de retomada do desenvolvimento, e não perenizar a pobreza e a miséria, como quer Bolsonaro para se manter no poder.

“Precisamos construir parque industrial, pensar na Amazônia, em aproveitar a biodiversidade, sem precisar desmatar, até porque a riqueza do futuro pode estar na floresta. Pensar concretamente um Brasil que tenha condições de ser uma economia desenvolvida”, defendeu.

Autor da PEC da Segunda Instância, o deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP) também registrou que o valor de R$ 600 do auxílio foi uma conquista do Congresso – o governo queria apenas R$ 200.

“Fomos o primeiro partido a solicitar a prorrogação desse auxílio, porque, enquanto tivermos a pandemia, não há como buscar alternativa econômica, não tem possibilidade de informais e autônomos sobreviverem”, sustentou.

Manente ainda falou que o governo deixa de exercer seu papel em importantes setores.

“A reforma administrativa pra dar eficiência ao serviço público e ter condições de investir onde precisamos. O governo não avança em algo fundamental para termos emprego e renda que são as PPPs. O Estado já não tem mais condições de fazer esses investimentos, eles precisam vir da iniciativa privada”, observou

Conquistas LGBTI

Na ocasião, o pré-candidato a vereador por São Paulo, Pedro Melo, destacou o papel do Cidadania nas conquistas da comunidade LGBTI, como a criminalização da homofobia e o direito de doação de sangue.

“Me sinto honrado e acolhido no Cidadania. Foi decisivo pra mim na escolha do partido ao perceber que é, de todos as legendas atuais, a que mais defende as minorias e a causa LGBTI. Tivemos nos últimos anos importantes conquistas e o Cidadania foi fundamental nesse processo”, argumentou.

Freire lembrou que na Constituinte foi autor de emenda com objetivo de criminalizar a homofobia. “Estou na origem disso, na luta pela liberdade, respeito aos direitos humanos. E assumimos a luta, quando muitos partidos se omitiram, que levou à tipificação da homofobia como crime de racismo pelo STF, uma grande conquista”, completou.

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