Secretário da Fazenda apresenta dados diferentes sobre gastos do governo com pandemia

Rodrigues Júnior diz em resposta à senadora Eliziane Gama que que a execução orçamentária do Ministério da Saúde está em torno de 50% e 60% (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

Diferentemente do relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) mostrando que o governo federal investiu apenas 29% dos recursos emergenciais disponíveis em ações de combate à pandemia da Covid-19, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior, disse em resposta à senadora Eliziane Gama (MA) na comissão mista da Covid-19, nesta quinta-feira (30), que a execução orçamentária do Ministério da Saúde está em torno de 50% e 60%.

“Eu queria saber qual avaliação dessa baixa execução [apontada pelo acórdão divulgado pelo TCU na semana passada]?”, questionou Eliziane Gama.

“Na realidade, é uma execução de 56%, que é uma execução considerável, forte. São diversos programas, alguns com uma taxa de execução maior; mesmo a saúde está com pouco, entre 50% a 60% de execução. Então, nós estamos olhando cada um dos ministérios setoriais para que haja, sim, a mais alta execução possível, lembrando a transparência dos dados disponibilizados”, disse Rodrigues Júnior, citando dados dos portais do Tesouro Nacional e da SOF (Secretaria de Orçamento Federal).

Gustavo Guimarães, secretário Adjunto da Fazenda, complementou o questionamento da senadora mostrando que a execução dos recursos para o combate à pandemia pode ser acompanhada integralmente pelo portal da SOF.

“Os números que o secretário Waldery comentou estão aqui, inclusive a questão da Saúde que a senadora destacou. Aqui a gente consegue ver o quanto já foi pago, o quanto já foi empenhado na questão da saúde. Então, essa é uma fonte de informação para todos os cidadãos, mas há muitos dados aqui que podem ser aproveitados nesse acompanhamento”, afirmou.

Ranking da competitividade

Eliziane Gama também perguntou na sessão remota da comissão qual será a estratégia do Ministério da Economia para o País deixar a penúltima posição do ranking de competitividade elaborado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). Na pesquisa que analisou a situação de 18 países, o Brasil ficou apenas à frente da Argentina.

“Do ponto de vista do ranking de competitividade, há um desafio de melhorar substancialmente a posição do Brasil em relatórios como o do E-Business. Daí mesmo há a necessidade de um item, o cuidado com a recuperação judicial e falência, mudar por completo o sistema recuperacional e falimentar do País. Há um projeto do Executivo, está na Câmara dos Deputados. Seguiremos com ele, é uma prioridade também para o governo”, disse Rodrigues Júnior.

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