Líder do Cidadania no Senado diz que a educação brasileira vive ‘tempos sombrios’, seja no aspecto gerencial como de resultados em índices de aprendizagem (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)
A líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), defendeu na comissão mista da Covid-19, nesta quinta-feira (09), que o Congresso Nacional lidere o debate sobre o novo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) diante da falta de protagonismo do governo para fazer a proposta avançar.
“O governo federal não assumiu até hoje o controle e o debate em relação à questão do novo Fundeb, que acaba agora no dia 31 de dezembro. E, se o Congresso Nacional não se juntar, não protagonizar, a gente não tem uma ação por parte do governo federal. E será ferir de morte a educação brasileira”, afirmou a senadora.
Eliziane Gama disse também que a educação brasileira vive ‘tempos sombrios’, seja no aspecto gerencial como de resultados em índices de aprendizagem.
“A gente viu, no ano passado, nos dados do PISA [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes], uma redução, uma regressão do Brasil em matérias que são realmente muito fundamentais para o ensino, como matemática, por exemplo. E nós temos vários outros retrocessos”, destacou.
A volta às aulas e o acesso à internet foram tema da audiência pública virtual da comissão que analisa os gastos do governo para o enfrentamento ao novo coronavírus, com a presença dirigentes de educação e de especialista em contas públicas.
Dentre as medidas para evitar que estudantes abandonem a escola com a pandemia do novo coronavírus que paralisou as aulas, os debatedores defenderam a ampliação do acesso à internet banda larga e estratégias pedagógicas de acolhimento.
Dados mais recentes do IBGE mostram que 11,8% dos jovens entre 15 e 17 anos — o equivalente a 1,1 milhão de pessoas — estavam fora da escola em 2018.