“São empregos, são investimentos, é saúde pública; é disso que o Brasil precisa”, afirmou o senador, que foi o relator do projeto do novo marco legal do saneamento na Comissão de Meio Ambiente (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Ao orientar o voto da bancada do Cidadania pela aprovação do projeto de lei (PL 4162/2019) do novo marco legal do saneamento básico, nesta quarta-feira (24), o vice-líder do partido no Senado, Alessandro Vieira (SE), afirmou que ‘é muito importante avançar nessa seara’.
“São empregos, são investimentos, é saúde pública; é disso que o Brasil precisa”, afirmou o senador, relator do projeto na Comissão de Meio Ambiente.
O PL – aprovado com 65 votos favoráveis e 13 contrários – estabelece como meta que 99% da população brasileira tenham acesso à água potável e 90% ao tratamento e à coleta de esgoto até o ano de 2033. Além de mudar regras para o fornecimento de água e de esgoto, o novo marco legal prorroga o prazo para o fim dos lixões e facilita a privatização de estatais do setor.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da proposta no plenário, lembrou que Alessandro Vieira apresentou um relatório preliminar ao PL 4162/2020 e que foi com base nesse texto que ele montou ‘boa parte’ do parecer aprovado pelo Senado, e que agora segue para sanção presidencial.
“Portanto, eu queria agradecer a contribuição dele. Com certeza, por uma questão regimental apenas, ele não é um coautor desse relatório”, disse Jereissati.
Quase metade da população brasileira continua sem acesso a sistemas de esgotamento sanitário, o que significa que quase 100 milhões de pessoas, ou 47% dos brasileiros, utilizam medidas alternativas para lidar com os dejetos – seja por meio de uma fossa ou jogando o esgoto diretamente em rios.
Além disso, mais de 16% da população, ou quase 35 milhões de pessoas, não têm acesso à água tratada, e apenas 46% dos esgotos gerados nos País são tratados.
“Observo que é muito cômodo fazer um debate entre investimento público e privado sentado no seu apartamento ou na sua casa, com a garantia da água tratada, com a garantia do esgoto tratado, com a certeza de que seus filhos não vão padecer de doenças que hoje atingem as camadas mais pobres dos brasileiros”, diz Alessandro Vieira, ao defender o novo marco legal do saneamento.
Para ele, o debate ‘meramente ideológico ou político’ sobre o saneamento básico não pode prevalecer enquanto milhões de brasileiros não tem acesso aos serviços de água tratada e esgotamento sanitário.