Narrativa do presidente incorruptível cai por terra, diz ele, ao lembrar ainda coincidência com caso Adriano da Nóbrega, que ficou escondido no sítio de um dirigente do PSL até ser morto pela polícia
O presidente Nacional do Cidadania, Roberto Freire, afirmou nesta quinta-feira (18) que a prisão de Fabrício Queiroz, ex-faz tudo de Jair Bolsonaro e ex-assessor de Flávio Bolsonaro, esvazia a narrativa antissistema que elegeu o presidente e com a qual ele pretendia seguir governando, atacando as instituições em busca de popularidade. O ex-policial foi preso na manhã de hoje em imóvel localizado em Atibaia, interior de São Paulo, que pertence a Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.
“Acharam, enfim, Queiroz em imóvel do advogado do presidente e da família Bolsonaro em Atibaia. Apreenderam celulares e computadores. Pode ser o fim do mito do presidente incorruptível contra o sistema corrupto. Só nas democracias, com imprensa livre, a verdade aparece e pode libertar”, afirmou Freire, em referência ao fecho bíblico constantemente citado pelo presidente.
O presidente do Cidadania também lembrou as estranhas coincidências envolvendo os Bolsonaro e outro miliciano, Adriano da Nóbrega, envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco e também no caso das rachadinhas, alvo do inquérito que levou Queiroz à prisão.
“Lembram do miliciano Adriano da Nóbrega? Morto na Bahia na casa de um dirigente do PSL. Queiroz escondido na casa de Wassef é mais uma coincidência envolvendo rachadinhas, Flavio Bolsonaro, o presidente e as milícias do RJ. A propósito: cadê a perícia nos celulares do Adriano?”, cobrou Freire, ao lembrar que a polícia apreendeu celulares de Nóbrega na operação que tentou prendê-lo e acabou com a morte do ex-policial.