Freire: Se PF pode apreender celular de Witzel, PGR pode confiscar o de Bolsonaro

Para ele, operação da Polícia Federal contra governador do Rio de Janeiro sob aplausos do presidente da República lança nuvem de desconfiança sobre a corporação

O presidente Nacional do Cidadania, Roberto Freire, afirmou nesta quarta (26),que a investigação da Polícia Federal sobre o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, se realizada sob os princípios da legalidade e impessoalidade e autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mostra que qualquer autoridade deve responder à Justiça, inclusive o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro.

“Se a PF pode apreender o celular do governador do Rio, autorizada  pelo STJ, com aplausos de Bolsonaro, a Procuradoria-Geral da República pode confiscar o aparelho do presidente, a pedido do STF. Sem crise institucional. Que tal general Heleno recolher sua descabida e golpista nota?”, comparou.

Freire se refere à afirmação do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), respaldada pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, segundo a qual eventual apreensão de celulares de Bolsonaro teria “consequências imprevisíveis”.

Degradação institucional

A nota histérica de Heleno foi uma reação a procedimento meramente formal do ministro Celso de Mello, do STF, que encaminhou pedido nesse sentido, feito por parlamentares, para análise da Procuradoria-Geral da República, a quem cabe privativamente investigar presidentes da República.

Freire observou, contudo, que os elogios de Jair Bolsonaro, desafeto político do governador do Rio de Janeiro, e o vazamento da operação a parlamentares bolsonaristas lançam uma nuvem de desconfiança sobre a investigação.

“Pode ser legal, vamos acompanhar, mas os aplausos do presidente despertam o pesadelo de uma polícia política. Afinal, ele brigou para interferir justamente no comando da PF no Rio”, argumentou.

Freire avaliou que Bolsonaro age para depredar e desacreditar as instituições, processo que está ocorrendo com a PF, ainda que a operação esteja sendo realizada pelos melhores motivos.

“A interferência de Bolsonaro é tóxica. Envenena a reputação de tudo e de todos. O que toca apodrece. Instituições antes bem avaliadas como a Polícia Federal e as Forças Armadas começam a ter suas imagens arranhadas”, lamentou.

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