‘É claramente um governo autoritário, um governo totalmente avesso ao diálogo’, afirma a líder do Cidadania no Senado (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
A líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), reagiu com indignação ao conteúdo do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril na qual o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, acusa o presidente Jair Bolsonaro de interferir politicamente na PF (Polícia Federal).
“O conteúdo do vídeo é estarrecedor. É chocante ver a forma como o presidente e os ministros mais radicais de seu governo se dirigem às instituições do nosso País”, disse, ao avaliar que o ministro Celso de Mello acertou ao autorizar a divulgação da gravação. Mello é o relator do inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) que apura a denúncia de Moro.
Ao lembrar dos princípios da transparência e da publicidade previstos na Constituição, a senadora cobrou respeito ao povo brasileiro pelos impropérios da conversa do presidente com os ministros e assessores na reunião ministerial.
“Agora o que choca é ver a forma chula como o presidente e alguns de seus ministros se dirigem às instituições de nosso Brasil e também às populações minoritárias. É claramente um governo autoritário, um governo totalmente avesso ao diálogo”, disse.
Demissão de Weintraub
Eliziane Gama defendeu a demissão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que além de palavras de baixo calão, afirmou durante a reunião ministerial do dia 22 de abril que por ele, colocaria “vagabundos” na cadeia e diz que começaria pelo STF.
“É impossível imaginar que o ministro da Educação fique no cargo depois de hoje. Ele deseduca, destila ódio, admite perseguições, usa palavrões e termos chulos. É um comandante de milícias criminosas, não uma autoridade republicana. Paro o bem do País, deve ser demitido imediatamente”, defendeu em seu perfil no Twitter.