Segundo parlamentar, reunião nesta quarta-feira com setor produtivo vai discutir redução de impostos para viabilizar fabricação nacional
Em live com a pré-candidata do Cidadania a prefeitura de Joinville-SC, Tânia Eberhardt, a deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC) afirmou hoje (27) que discute em reunião prevista para quarta-feira com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e representantes da indústria têxtil medidas que facilitem a reconversão industrial e incentivem o redirecionamento de linhas de produção já existentes para a fabricação de respiradores e equipamentos de proteção individual (EPIs).
Segundo Zanotto, o Governo Federal precisa apoiar empresas que já estão reorientando sua produção no combate à pandemia de Covid-19. “Já há setores da indústria, inclusive em Santa Catarina, adequando suas linhas para produzir respiradores, empresas que produziam toalhas e roupa de cama fabricando máscaras, protetores faciais, propés. Queremos redução de impostos e garantir a aquisição desses equipamentos para que não haja prejuízo duplo para quem já está investindo em reconversão”, defendeu.
A deputada disse acreditar que Santa Catarina poderá ajudar toda a Região Sul e até mesmo o Brasil com a mudança de seu parque industrial. Somente uma das empresas poderá produzir cerca de 500 respiradores. “Outro mais simples, quando tudo estiver autorizado, a capacidade de produção é de até 400 respiradores por dia. Significaria segurança de que, havendo necessidade do equipamento, não se tenha de fazer escolhas entre quem recebe ou não um respirador, porque seria muito difícil”, apontou.
Ela voltou a manifestar preocupação com a falta de EPIs e a necessidade de proteger os profissionais de saúde, desde quem está na recepção dos hospitais, até quem está na linha de frente, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), para que não adoençam e o país não perca nenhum trabalhador, fundamentais para reduzir o número de mortes. Zanotto também disse que discute nesta semana com secretários de saúde estaduais e municipais e com o Ministério da Saúde a real necessidade de leitos de UTI para fazer frente à pandemia no Brasil.
Na avaliação da parlamentar, há muitos estudos nesse sentido, mas nenhum ainda conclusivo, e é preciso ter “critérios mínimos básicos” e parâmetros ideais para projetar hospitais de campanha por todo o país. A intenção é fechar um número médio de leitos e em quais regiões eles são necessários de acordo com os planos de contingência e os estudos epidemiológicos. Ainda na live, ela defendeu a necessidade de isolamento social como forma de adiar o pico do coronavírus e ganhar tempo para preparar o Sistema Único de Saúde (SUS), que, acredita, sairá fortalecido dessa crise.