Eliziane Gama diz que atitude do presidente na manifestação é tentativa de golpe contra a democracia, e Alessandro Vieira questiona Bolsonaro por negociar com o Centrão e fazer discurso contra a “velha política” (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
A líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), e o senador Alessandro Vieira reagiram neste domingo às declarações do presidente Jair Bolsonar durante um ato, em Brasília, que defendia uma intervenção militar, em frente ao Quartel-General do Exército na data em que é celebrado o Dia do Exército.
Para a parlamentar maranhense, a atitude do presidente na manifestação pró- fechamento do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal) é uma tentativa de golpe contra a democracia.
“Atacar instituições, o Congresso, a Justiça e defender ditadura, num momento tão grave, é um ato covarde para tentar golpear nossa democracia. Estamos juntos com os 20 governadores, que em carta defendem o País e a manutenção das instituições democráticas”, afirmou na rede social.
Eliziane Gama disse ainda que Bolsonaro rompe com o povo, radicaliza o discurso e se comporta como amotinado.
“Em uma manifestação pedindo a volta do AI-5, Bolsonaro radicalizou de vez o discurso. Em cima de uma caminhonete, falou para sua claque de irracionais. Rompe com o povo que democraticamente o elegeu para se comportar como um amotinado. Temos Constituição, Sr. presidente”, postou a Eliziane Gama no Twitter.
Alessandro Vieira disse que o presidente precisa governar e cobrou a sanção do projeto (PLN 4) que autoriza o Executivo realizar operação de crédito de R$ 248,9 bilhões para cobrir as despesas obrigatórias.
“Não se governa da caçamba de uma pick-up. E não se lidera mentindo para as pessoas. O Jair Bolsonaro que chama para conversar o Centrão é o mesmo que grita fora velha política? Ou assina o PLN 4, mas diz que não negocia nada? Chega, vamos apontar cada mentira incoerente. João 8:32”, postou Alessandro Vieira em seu perfil no Twitter.
A maior parte do valor total previsto no PLN 4 (R$ 201,7 bilhões), aprovado dia 2 de abril pelo Senado, corresponde a benefícios previdenciários, como pensões e aposentadorias. O texto trata ainda de Bolsa Família, BPC (Benefício de Prestação Continuada), Plano Safra, dentre outros temas.