Rubens Bueno condena propagação de fake news por bolsonaristas e pede atuação de CPMI

“É um crime contra o País. Eu nunca poderia imaginar que um presidente da República publicasse fake news nas redes sociais [sobre o coronavírus] “, diz o deputado (Foto: Robson Gonçalves)

O deputado federal e vice-presidente do Cidadania, Rubens Bueno (PR), condenou nesta sexta-feira (03) a propagação de fake news realizada por simpatizantes e até auxiliares do presidente da República, Jair Bolsonaro, com o objetivo de minimizar a pandemia da Covid-19 que assola o mundo. Para o parlamentar, a iniciativa do Palácio do Planalto representa um desserviço ao País e merece apuração rigorosa da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito – deputados e senadores) que investiga os responsáveis pela divulgação de notícias falsas.

“É um crime contra o País. Eu nunca poderia imaginar que um presidente da República publicasse fake news nas redes sociais [sobre o coronavírus]. Agora, imaginem, que dentro do Palácio do Planalto um grupo estaria preparando isso diariamente para desinformar a população. Isso é um crime hediondo, pois pode provocar a morte de milhares de brasileiros País afora”, condenou.

Fake news

Ao comentar as diversas propagandas elaboradas pelo chamado “Gabinete do Ódio”, o deputado comentou o vídeo, divulgado ontem por Bolsonaro, que mostra uma mulher, conversando com ele na porta do Palácio da Alvorada, se dizendo uma professora que passava por dificuldade por não poder trabalhar em meia a pandemia. No dia de hoje, a narrativa foi desmascarada pela mídia nacional, que mostrou que a senhora é aposentada e tem uma empresa de destaque em Brasília.

“Isso foi coisa montada. Tá na cara. Você percebe nitidamente que vídeo está perfeito, som perfeito e claque perfeita. O país assistiu um discurso político com início, meio e fim. Tudo montado. Daí vem a história que é uma empresária. Isso é um escândalo, um escárnio. Bolsonaro deveria ter vergonha”, criticou Rubens Bueno.

CPMI

Rubens Bueno adiantou que vai sugerir ao senador do Cidadania, Alessandro Vieira (SE), que solicite investigação sobre os atos do presidente em desinformar a nação sobre a gravidade da pandemia no País. Também defende que sejam apuradas as denúncias que vêm sendo divulgadas pela imprensa de que o Palácio do Planalto está propagando notícias falsas sobre a situação da doença em todo o planeta. Para ele, a Comissão de Inquérito tem obrigação de atuar com firmeza frente às iniciativas do clã Bolsonaro.

“A CPMI é para isso. Cumprir o seu papel de investigar. É prerrogativa do parlamento investigar. Buscar documentos e quebrar sigilos. Acredito que com isso a CPMI ganha fôlego e irei sugerir ao senador Alessandro Vieira, representante de nosso partido na comissão, que peça a investigação de tudo isso. Isso precisa contar do relatório final da colegiado, que pode pedir ao Ministério Público Federal o indiciamento dos responsáveis por esse crime contra a população brasileira”, adiantou.

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