“Num momento como esse o presidente Bolsonaro precisa deixar de lado as intrigas”, cobra o parlamentar do Cidadania (Foto: Robson Gonçalves)
Diante da crise que está abalando as economias de todo o mundo, o meio político brasileiro precisa urgentemente aparar arestas e estreitar a parceria entre o Congresso Nacional e Palácio do Planalto para que o país possa superar com tranquilidade esse momento de turbulência. A avaliação foi feita nesta terça-feira (10) pelo vice-presidente nacional do Cidadania, deputado federal Rubens Bueno (PR), que também cobrou do presidente da República uma postura mais equilibrada e menos belicosa.
“Num momento como esse o presidente Bolsonaro precisa deixar de lado as intrigas, as disputas ideológicas e as declarações descabidas. O momento é grave e exige a união de todos. Não dá para ficar fingindo que a crise é uma marolinha, como outro presidente já classificou erroneamente no passado. E também não é momento de ficar inventando polêmicas sem provas, como essa agora da suposta fraude eleitoral. Precisamos ter em mente que a parceria entre Congresso e Planalto é fundamental para o enfrentamento da crise”, defendeu Rubens Bueno.
O deputado também cobrou do Planalto o envio para Congresso, o mais rápido possível, das propostas de reformas tributária e administrativa.
“Quem está adiando essa agenda é o Planalto. Agora é hora de menos discurso e mais ação. Não podemos ficar apreciando o recrudescimento da crise em berço esplêndido”, disse Rubens Bueno.
Na última segunda-feira, diante da turbulência econômica provocada pelo avanço do coronavírus e pela disputa no mercado de petróleo, a Bovespa desabou 12,16%, sua maior queda em mais de 20 anos. Neste cenário, a Petrobras perdeu R$ 91 bilhões em valor de mercado. Deixou de valer os R$ 306,9 bilhões registrados no fechamento dos mercados na sexta-feira e despencou para um valor de mercado de R$ 215,8 bilhões.
“O Planalto precisa perceber logo a dimensão dessa crise e se juntar ao Congresso para que passamos tomar as medidas necessárias para atravessar essa tormenta. Chega de picuinhas infantis. Não podemos deixar o patrimônio do País derreter”, disse o parlamentar.