Taxa de desocupação fica estável e fecha trimestre em 11,6%

De acordo com IBGE, 12,4 milhões de pessoas estão sem trabalho no País (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A taxa de desocupação no País fechou o trimestre encerrado em outubro em 11,6%, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O levantamento divulgado na última sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) considera desocupadas as pessoas que estão sem emprego, mas que buscaram efetivamente um trabalho nos 30 dias anteriores à coleta dos dados. De acordo com o levantamento, cerca de 12,4 milhões de pessoas compõem a população desocupada.

A Pnad Contínua foi realizada a partir de informações levantadas em visitas domiciliares a cerca de 211 mil casas em 3.464 municípios. De acordo com o resumo da pesquisa publicado no site do instituto, a taxa de desocupação “ficou estatisticamente estável tanto em relação ao trimestre de maio a julho de 2019 (11,8%) quanto em relação ao mesmo trimestre de 2018 (11,7%)”.

Se comparado ao mesmo período do ano passado, houve aumento de 1,4 milhão de pessoas ocupadas no período, assim como crescimento da força de trabalho (1,5 milhão). Isso significa que mais pessoas estão procurando emprego, disponíveis para trabalhar.

“É um valor considerado estável frente ao trimestre anterior e ao mesmo trimestre de 2018. Há uma expansão da ocupação, mesmo num ritmo menor. Ainda que essa taxa esteja no patamar de estabilidade, é uma estabilidade que aponta para uma trajetória de queda que vimos desde 2018”, explica Adriana Beringuy, analista do IBGE.

Em relação à população ocupada, na comparação com trimestre anterior, houve leve crescimento de 0,5%, o que representa aproximadamente mais 470 mil pessoas trabalhando. Entre agosto e outubro desse ano, 94,1 milhões de pessoas tiveram algum tipo de trabalho. Na comparação com o mesmo trimestre de 2018, a melhora foi de 1,6%.

Carteira assinada

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, incluindo trabalhadores domésticos, também se manteve estável e fechou em 33,2 milhões. Também houve aumento de trabalhadores informais, que atingiram novo recorde na série histórica desde 2012. Estão trabalhando sem carteira assinada 11,9 milhões de pessoas. No mês passado, o IBGE também havia detectado um recorde na informalidade, que foi novamente superado.

A pesquisa também indica que 64,9 milhões de pessoas que não estão trabalhando, nem procurando trabalho. Este dado também revela estabilidade tanto em relação ao trimestre de maio a julho de 2019 quanto em relação ao mesmo trimestre de 2018. (Com informações do IBGE e Agência Brasil)

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