Segundo Alexandre Strapasson , aumenta o “número de pessoas adeptas a teorias sem qualquer fundamento, como as da terra plana e da mudança do clima como sendo uma farsa” (Foto: Reprodução)
“A história ambiental nos mostra que a visão de meio ambiente global não é recente. Paradoxalmente, é crescente o número de pessoas adeptas a teorias sem qualquer fundamento científico, como as da terra plana e da mudança do clima como sendo uma farsa”. A afirmação é do engenheiro Alexandre Strapasson, em artigo publicado na revista 11ª edição da revista Política Democrática online (veja aqui), produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), vinculada ao Cidadania.
Strapasson, que também é pesquisador e professor visitante do Ce tiro de Pesquisas Ambientais do Imperial College de Londres, diz que a história ambiental mostra que a visão de meio ambiente global não é recente.
“A mitologia maia, por exemplo, já propunha o conceito de galáxia. Os incas falavam em Terra Mãe, a Pacha Mama, geradora de vida”, explica ele.
De acordo com o autor, os gregos referiam-se a Gaia. Com as descobertas científicas dos últimos séculos, tais como a evolução darwiniana, os avanços da astronomia, da física de partículas, da engenharia genética, da computação e da química industrial, ampliaram-se a compreensão de mundo.
Por outro lado, segundo o engenheiro, as discussões geopolíticas sobre sustentabilidade global são relativamente recentes.
“Merecem destaque as discussões do período pós-Segunda Guerra na controversa Conferência de Bretton-Woods, a criação das Nações Unidas, a Conferência de Estocolmo sobre Meio Ambiente Humano, os relatórios do Clube de Roma e o relatório Brundtland, intitulado ‘Nosso Futuro Comum’, além da Rio-92, onde foram criadas três das mais importantes convenções da Nações Unidas: Clima, Diversidade biológica e Combate à desertificação”, escreve.
Na Rio-92, conforme lembra Strapasson, também foi proposta a primeira agenda mundial para o desenvolvimento sustentável, a chamada Agenda 21, que posteriormente deu origem aos ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) e, mais recentemente, à Agenda 2030 e seus ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). (Assessoria FAP)