A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), ficou em 0,19% no mês de julho e é a menor para o mês em cinco anos. A taxa é superior ao 0,01% registrado em junho, mas inferior ao 0,33% registrado no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (8), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O índice acumula 2,42% no ano e 3,33% em 12 meses ficando abaixo da meta do Banco Central que hoje é de 4,25%.
Os principais responsáveis pela inflação de 0,19% foram os gastos com habitação, com alta de 1,20%, e a energia elétrica que teve aumento de 4,48% e foi a que mais pesou no bolso do brasileiro. O motivo seria o estabelecimento da bandeira amarela e os reajustes aplicados pelas concessionárias de São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. A tarifa da água também teve aumento de 0,73%.
Por outro lado ocorreram deflações nos transportes, com queda de 0,17%, e do vestuário de 0,52%. Ambos evitaram que a inflação de julho ficasse mais alta. Em relação aos transportes, os combustíveis tiveram um impacto importante com queda dos preços de 2,79%. A gasolina recuou 2,80% e no vestuário destaque para as roupas femininas que tiveram queda de 1,39%. Os alimentos tiveram inflação irrisória de 0,01%.
Inflação para as famílias
O IBGE também divulgou o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), responsável por medir a variação da cesta de consumo das famílias com renda de até cinco salários mínimos, e ficou em 0,10% em julho. Essa também é a menor taxa mais para o mês desde 2013 quando houve registro de deflação de 0,13%.
A taxa também ficou abaixo do 0,19% registrado pelo IPCA. Apesar disso, o índice ficou acima de 0,01% registrado no mês anterior. O INPC acumula taxas de inflação de 2,55% no ano e de 3,16% em 12 meses.
Os produtos alimentícios tiveram deflação de 0,05% em julho enquanto os não alimentícios tiveram inflação de 0,17% no período. (Com informações do IBGE e de agências de notícias)