por: Célio Filho
Em um ano de eleição municipal, é importante estimular e eleger candidaturas que tenham voz tanto no Executivo quanto no Legislativo.
Com um país cada vez mais conservador, dado o resultado das últimas eleições e o alto índice de assassinatos na comunidade LGBTQIA+, é crucial ter representantes que defendam a diversidade ocupando cargos de poder.
Estamos em ano de eleição, já que em outubro cada cidadão terá a oportunidade de ir às urnas. Infelizmente, a população LGBTQIA+ ainda não está unida o suficiente para eleger um número significativo de representantes nas Prefeituras e nas Câmaras Municipais.
Esse cenário é semelhante ao enfrentado por mulheres e pela população negra, que representam mais de 50% da população, mas ocupam menos de 30% das cadeiras do Legislativo e do Executivo.
Em um artigo, o advogado e professor Paulo Iotti destacou a importância do empoderamento de grupos vulneráveis, argumentando que quem vivencia o preconceito é mais apto a compreender suas demandas. Ele observou também que, apesar de desejar uma representação democrática mais ampla, a comunidade LGBTQIA+ muitas vezes não consegue votar consistentemente em candidatos comprometidos com sua causa, diferentemente de outros grupos, como por exemplo, os evangélicos, que votam em evangélicos, ruralistas votam em ruralistas, e assim por diante.
Vale destacar que, de um lado, há aqueles que lutam por direitos e questões políticas; de outro, há quem busque apenas mais uma maneira de chamar atenção, com a ilusão de que se isso irá resolver de forma simples e prática todos os problemas enfrentados pela comunidade.
Portanto, é essencial que o voto LGBTQIA+ seja levado a sério para eleger pessoas da nossa comunidade, que conhecem na pele o preconceito por serem quem são. A hora de mudar essa realidade é agora.