Há 58 anos, 30 países africanos se reuniram, fundaram a Organização da Unidade Africana, hoje União Africana, e passaram a celebrar o Dia da África e da libertação da opressão colonialista que tanta morte e violência provocou naquele continente e fora dele.
O 25 de maio é dia também para os chamados negros da diáspora – eu aprendi – e para todos nós que herdamos, tanto como humanidade ou como brasileiros especificamente, valores, conhecimentos e influências culturais dos povos africanos.
Esses valores e conhecimentos que hoje são deixados em segundo plano por um governo que abriu mão de representar a maior parcela da população brasileira para flertar com teorias e práticas racistas.
Esse é inclusive um dos aspectos mais deletérios da política externa de Bolsonaro, que renega as origens de seu próprio povo, e abdica de relações que fortalecem a presença do Brasil no mundo globalizado – quer queiram ou não os terraplanistas.
Nós, do Cidadania, nos juntamos a todos os brasileiros e africanos na valorização da liberdade do povo negro na África e além, bem como dos laços que sempre uniram e unirão os nossos povos, apesar de governos de ocasião.
A África e muito de sua diversidade estão no nosso falar, no nosso sentir, no nosso viver, cultivados no constante intercâmbio de nossas gentes. Está na raiz do brasileiro, na nossa miscigenação tão marcante e que faz de nós um povo tão aberto e rico.
Essa integração não pode e não será apagada.
Vivam as Áfricas!
Roberto Freire
Presidente Nacional do Cidadania