Marcelo Queiroga admite à senadora não estar ‘confortável’ no cargo ‘numa situação como esta’ da pandemia (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Ao ser questionado nesta quinta-feira (06) na CPI da Pandemia pela líder do bloco parlamentar Senado Independente, Eliziane Gama (Cidadania-MA), se há necessidade de se tomar medidas mais restritivas no País, como o lockdown, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga revelou que é favor do fechamento “mais forte” localizado para conter a contaminação do coronavírus.
“Um fechamento mais forte é possível, desde que seja localizado, de acordo com a situação e o contexto epidemiológico do local”, afirmou.
No entanto, ele ressalvou que é contrário a um lockdown em nível nacional.
“Acho muito difícil que o fechamento total do país obtenha sucesso”, completou Queiroga.
Bolsonaro x China
Com relação às declarações do presidente da República, que voltou a insinuar o envolvimento da China com o aparecimento do vírus da Covid-19, Marcelo Queiroga voltou a repetir que “o Ministério da Saúde tem uma boa relação com embaixador chinês”, no entanto, disse que não cabe a ele “fazer juízo de valor sobre as insinuações do presidente da República”.
“Ninguém fica confortável”
Eliziane Gama perguntou ainda ao ministro se ele se sentia confortável em comandar a Saúde, diante de milhares de mortes de brasileiros, de falta de vacinas e tantos outros problemas para serem enfrentados na pasta.
“Estou aqui trabalhando pelo Brasil, mas ninguém fica confortável numa situação como esta”, respondeu Queiroga.