Freire condena aglomeração de Bolsonaro no Maranhão e culpa presidente por falta de vacinas

Em vez de trabalhar para resolver escassez apontada em pesquisa da CNM, ele vive de politicagem, diz presidente do Cidadania

O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, acusou nesta sexta-feira (21) a dupla responsabilidade de Jair Bolsonaro pelo descontrole da pandemia de COVID-19, que já matou 445 mil brasileiros: não apenas não compra as vacinas necessárias para acelerar o processo de vacinação como também provoca aglomerações que ajudam a espalhar o novo coronavírus.

O presidente da República esteve hoje em Imperatriz, Maranhão, um dos estados em que boa parte das cidades relata problemas com a oferta de imunizantes, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), também divulgada nesta sexta. O dado preocupante, observa Freire, é resultado de ações e omissões de Bolsonaro e Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, no governo federal.

“Uma consequência direta do crime de Bolsonaro e Pazuello em sua desídia na compra das vacinas da Pfizer e no charlatanismo da cloroquina: 795 cidades sem vacinas pra 2ª dose e 400, pra 1ª. Bolsonaro matou o Zé Gotinha. O que temos agora é conta-gotas na vacinação dos brasileiros. CPI neles!”, criticou Freire, ao comentar que a comissão instalada no Senado caminha para responsabilizar capitão e general.

O gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, detalhou, em depoimento aos parlamentares, que a farmacêutica fez seis ofertas envolvendo até 100 milhões de doses ao governo brasileiro, mas não recebeu resposta. A vacina contra a Covid-19 estaria disponível ainda em 2020. Com o atraso, 1.002 municípios já relatam falta de imunizante para suas campanhas de vacinação, na entrega das vacinas, conforme a CNM.

O levantamento, que considerou 3.287 municípios, mostra que dentre as cidades que declararam enfrentar esse problema, a falta de vacinas para a segunda dose atingiu 79,3%. Já 39,9% não conseguiram aplicar a primeira dose no grupo prioritário.

“No Maranhão, onde a peste espalhou Covid hoje, 16% das cidades estão na iminência de ficar sem kit intubação, falta vacina pra 2ª dose em 80% e só 16% têm freezer para vacina da Pfizer que Bolsonaro comprou com um ano de atraso. O presidente não trabalha pra resolver, destrói e só faz politicagem”, apontou Freire.

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