Desde o ano passado, nacionalmente, o Cidadania vem renovando seu compromisso como oposição propositiva, sem abrir mão de lutar contra a onda negacionista que vem impregnando o combate à Pandemia da Covid-19. E, no começo deste ano, após a decisão do Diretório Nacional apoiando o instrumento do Impeachment em desfavor do Presidente da República, Jair Bolsonaro, o Partido em Santa Catarina discutiu essa posição. E definiu que aqueles que tiverem intenção de disputar vagas eletivas em 2022, devem ser alertados de que o Cidadania não estará com o atual Chefe do Poder Executivo Federal, tampouco no Estado catarinense.
A história não se apaga. A ela, podem, ao longo do tempo, ser agregados novos valores, pode até ser reestudada, porém, há de se ter o respeito por todos aqueles que militaram nestas fileiras. E, a seu tempo, defenderam suas convicções. Não abriram mão dos valores universais que até hoje acompanham o nosso Partido, o Cidadania, que é sucessor do PCB, Partido Comunista Brasileiro, criado em 1922, posteriormente sucedido pelo Partido Popular Socialista, PPS.
Orgulho de milhares de pessoas que têm uma visão humanista e vanguardista (principalmente pela opção democrática em detrimento da decisão de outras forças de esquerda de seguir para o enfrentamento armado). Portanto, mandatários e dirigentes, e a porção mais cara do Partido, que são os seus filiados, precisam conhecê-la.
Em tempo, nossa agremiação é plural, todos são bem-vindos. Da mesma forma, no entanto, que se respeitam pensamentos mais alinhados ao conservadorismo e ao liberalismo – não é o caso de pessoas que seguem o messianismo de Bolsonaro e muito menos o culto a Lula -, há que se respeitar também todos aqueles que têm pensamentos progressistas à esquerda.
Deixo essa reflexão a cada companheira e companheiro filiado (a) ao Cidadania para que eles ponderem sobre qual caminho desejam trilhar, pois podem não partilhar de toda nossa história e dos fundamentos esculpidos em nossa Carta de Princípios, notadamente nos Artigos 2º a 5º do nosso Estatuto. Vejamos:
Ar. 2º – O CIDADANIA desenvolve suas atividades em âmbito nacional, tendo por fundamentos o regime participativo, representativo e democrático, baseado no pluralismo político, na transparência como mecanismo de controle social e no protagonismo da sociedade civil e seus movimentos, assim como na garantia e na defesa da liberdade e dos demais direitos fundamentais da pessoa humana.
Art. 3º – O CIDADANIA defende o Estado laico e se dedica a promover igualdade de oportunidades para todos os que residem no Brasil, independentemente da nacionalidade, a combater as diferentes formas de preconceito e discriminação, afirmando o compromisso com a participação cidadã de todos os segmentos da sociedade, incluindo mulheres, negros, indígenas, LGBTI+, pessoas com deficiência, idosos e jovens.
Art. 4º – O CIDADANIA se compromete com o combate à pobreza e às desigualdades sociais, com o acesso universal à educação como principal vetor da cidadania, com a responsabilidade fiscal e com a sustentabilidade, nas suas dimensões econômica, ambiental e social.
Art. 5º – No plano internacional, o CIDADANIA reafirma o seu compromisso com a defesa da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de resoluções pacíficas para conflitos mundiais, da autodeterminação dos povos e do fortalecimento da ONU e de outros fóruns e instituições internacionais multilaterais.
Somos Cidadania! Defeções dos extremos da política nacional precisam ser democraticamente combatidas nas hostes partidárias. Precisamos refutar a participação destes nas mais diversas instâncias partidárias!
Alisson Luiz Micoski
Secretário de Comunicação do Cidadania-SC
SomosCidadania #SantaCatarina