‘É melhor mentir à Veja que à CPI. Lá pode dar um processo, aqui pode dar cadeia’, disse o senador sobre contradições do ex-secretário do Secom (Foto: Leopoldo Silva/Agencia Senado)
Diante das contradições entre a entrevista de Fábio Wajngarten à revista Veja e as declarações nesta quarta-feira ( 12) à CPI da Pandemia, o líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE), protocolou um pedido na comissão para a quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático do ex-secretário de Comunicação do governo Jair Bolsonaro.
“É melhor mentir à Veja que à CPI. Lá pode dar um processo, aqui pode dar cadeia”, disse o senador a Wajngarten.
Para Alessandro Vieira, é preciso saber se o ex-secretário diz a verdade aos senadores sobre a atuação de Bolsonaro e do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na demora em comprar a vacina da Pfizer. Na entrevista, o ex-secretário atribuiu a demora à incompetência de Pazuello. Mas na CPI, ele evitou criticar o ex-ministro.
Ao ser confrontado pelo senador na sessão da comissão, Wajngarten confirmou que o presidente deu aval para que se facilitasse as negociações com a farmacêutica Pfizer, um dos fornecedores da vacina contra a Covid-19.
Wajngarten, no entanto, respondeu a Alessandro Vieira que não atuou em benefício de outros fornecedores.
Outra providência adotada pela CPI para tentar esclarecer as contradições entre o que Wajngarten disse à Veja e o que declarou aos senadores foi requisitar à revista os áudios da conversa com o ex-secretário.