Para Eliziane Gama, ampliação do foco da CPI da Pandemia é manobra do governo federal para inviabilizar investigação

“Se nós fazemos uma unificação das duas CPIs, poderemos não ter nada”, afirma a senadora (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

A líder do bloco parlamentar Senado Independente, Eliziane Gama (Cidadania-MA), criticou a decisão do presidente do Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de ampliar o foco da CPI da Pandemia com a fusão do pedido de criação do colegiado do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ao apresentado pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE), para investigar a aplicação de recursos federais por estados e municípios no combate à Covid-19.

“Me parece, na verdade, uma tentativa de tentar trazer uma confusão sobre a CPI. Ao invés de ter uma CPI que tem foco definido e não paira sobre ela qualquer tipo de suspeição sobre a sua amplitude, sobre as suas prerrogativas, a gente poderá ter numa unificação a possibilidade até de não ter nada”, afirmou.

Sem entrar no mérito dos que defendem a ampliação do foco da CPI, Eliziane Gama disse nesta terça-feira (13), antes da leitura da criação do colegiado, que recebia com muita preocupação a decisão de Pacheco, sobretudo pelos vários estados e mais de 5 mil municípios que teriam de ser investigados pela comissão.

A CPI da Pandemia pode ser instalada em menos de 10 dias e suas atividades deverão ser presenciais, segundo afirmou Rodrigo Pacheco.

Ele destacou, porém, que a própria comissão terá a liberdade de decidir o formato do seu trabalho, e inclusive de conduzir atividades não-presenciais.

Os líderes partidários do Senado já podem indicar os membros da CPI. A comissão terá 11 membros titulares e 7 suplentes, que serão indicados pelos blocos partidários, conforme distribuição abaixo:

Unidos pelo Brasil (MDB/PP/Republicanos), 24 senadores:
3 titulares e 2 suplentes

Podemos/PSDB/PSL, 17 senadores:
2 titulares e 1 suplente

Vanguarda (DEM/PL/PSC), 11 senadores:
2 titulares e 1 suplente

PSD (sem bloco), 11 senadores:
2 titulares e 1 suplente

Resistência Democrática (PT/Pros), 9 senadores:
1 titular e 1 suplente

Senado Independente (PDT/Cidadania/Rede/PSB), 9 senadores:
1 titular e 1 suplente

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