A senadora lembrou que as mulheres ampliaram muito a sua participação no Senado, inclusive com a representação no Colégio de Líderes (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
A líder do bloco parlamentar Senado Independente, Eliziane Gama (Cidadania-MA), criticou a ausência de representação feminina na CPI da Pandemia, instalada nesta terça-feira (27), para investigar as ações do governo federal no enfrentamento da Covid-19 e a aplicação de recursos da União transferidos para estados, Distrito Federal e municípios com essa finalidade.
A senadora lembrou que as mulheres ampliaram muito a sua participação no Senado, inclusive com a representação no Colégio de Líderes.
“Nós temos uma atuação importante, mas, infelizmente, nesta comissão, não temos a participação feminina”, lamentou, mas garantiu que estará presente em todas as reuniões da comissão.
Eliziane Gama rebateu, no entanto, logo em seguida, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) que disse achar que ‘as mulheres já foram mais respeitadas e mais indignadas’ e estarem ‘fora da CPI’ porque ‘não fazem nem questão de estar nela e se conformam em acompanhar os trabalhos a distância’.
“Chegar empurrando a porta, batendo o pé na porta, gritando não é a única forma de se indignar. Vossa Excelência falou de indignação, mas as mulheres têm, aliás, com muita eficiência, se indignado, inclusive agora, em relação a essa inação do governo federal em relação à pandemia. E o que nós queremos aqui nesta Comissão, independentemente de ser homem ou de ser mulher, é trazer à tona a verdade”, disse, ao reafirmar que vai acompanhar de perto os trabalhos da CPI.
“E quero dizer que nem eu, Eliziane Gama, nem nenhuma das senadoras vamos admitir ironia machista em relação às mulheres. Nós estamos aqui, vamos participar ativamente e teremos o nosso protagonismo nesta Casa”, completou.