‘A apuração é sobre fatos, não sobre pessoas. Não tem alvo político. Tem alvo e objetivo de trazer a verdade para os brasileiros”, diz o senador (Foto: Pedro França/Agência Senado)
O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE) apresentou no último sábado (10) pedido de aditamento à CPI da Pandemia para ampliar o escopo da investigação a fim de que a conduta de ‘agentes políticos e administrativos de estados e municípios na gestão de recursos públicos federais’ também seja apurada pelo colegiado.
“Assim como as competências, as responsabilidades são também distribuídas. Dessa forma, não cabe, a nosso ver, instituir uma comissão parlamentar de inquérito para proceder à investigação da atuação dos órgãos estatais diante da pandemia do Covid-19 e limitar o seu escopo exclusivamente aos agentes públicos federais”, explica Alessandro Vieira no requerimento com a intenção de que seja votado no plenário do Senado.
A decisão de instalar a CPI foi tomada na quinta-feira (8) pelo o ministro do STF Luís Roberto Barroso. Ele atendeu a um pedido dos senadores Alessandro Vieira e Jorge Kajuru (Cidadania-GO). O requerimento de criação da CPI, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) aguardava prosseguimento na presidência do Senado havia mais de um mês.
“[O pedido de ampliação do escopo da CPI] deixa mais claro que fatos conexos à apuração na esfera federal podem chegar a chegar a fatos nas esferas estadual e municipal, porque o sistema é único de saúde, a responsabilidade é compartilhada. A apuração é sobre fatos, não sobre pessoas. Não tem alvo político. Tem alvo e objetivo de trazer a verdade para os brasileiros”, diz Alessandro Vieira.
Ataques a Barroso
O líder do Cidadania rebateu as críticas do presidente Jair Bolsonaro ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, que determinou a instalação da CPI da Pandemia. Na rede social, Bolsonaro questionou o ministro “por que estados e municípios não serão investigados”.
Alessandro Vieira lembrou que “na vida real”, o presidente “trabalhou contra os pedidos de impeachment de ministros do Supremo”.
“Fez isso diretamente e por intermédio do seu filho Zero Um. No contato com os seguidores no mundo virtual, Bolsonaro ruge como um leão para o Supremo. Na vida real, mia como um gatinho”, disse em entrevista ao jornalista Josias de Souza.