Ao responder a Eliziane Gama, ministro da Saúde diz que ‘aglomerações fúteis’ estimulam contaminação

Senadora também manifestou a Marcelo Queiroga preocupação quanto à redução da quantidade de doses prevista no Plano Nacional de Imunização para a vacinação contra a Covid-19 (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Em audiência nesta segunda-feira (26) da Comissão da Covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao responder à pergunta da líder do bloco parlamentar Senado Independente,  Eliziane Gama (Cidadania-MA), sobre a postura do  presidente Jair Bolsonaro durante a  pandemia,  disse que as  “aglomerações fúteis” têm contribuído para o aumento da contaminação.

“Ainda não conseguimos convencer a população brasileira sobre os malefícios dessas aglomerações fúteis, que são um fator de ampliação desse vírus. Já temos campanhas nas mídias sobre a vacinação e ações preventivas, que devem ser fortemente ampliadas. Somos a favor das campanhas educativas. Medidas coercitivas não resolvem”, afirmou Queiroga, evitando fazer referência ao comportamento de Bolsonaro.

Neste domingo (25), Bolsonaro voltou a circular sem máscara por Brasília, provocando inclusive aglomeração em feira de Ceilândia, maior cidade-satélite do Distrito Federal.

Eliziane Gama também manifestou preocupação quanto à redução da quantidade de doses prevista no PNI (Plano Nacional de Imunização). Ela criticou as sucessivas reduções de metas que vêm sendo anunciada pelo Ministério da Saúde.

“É preocupante que um quarto dos municípios brasileiros ainda não tenha recebido nenhum tipo de vacina para imunizar a população. Queremos saber [do ministro] sobre as negociações que vêm sendo feitas, inclusive com a China, a Índia e a Rússia, para possibilitar que mais vacinas cheguem aos braços dos brasileiros?”, voltou a indagar a parlamentar do Cidadania.

Queiroga informou que o Ministério da Saúde vem realizando várias ações junto a outros países e organismos internacionais, e classificou como “positiva” a aproximação do Brasil com a OMS (Organização Mundial da Saúde).

“Falsas Esperanças”

Sobre a redução de meta criticada pela senadora Eliziane Gama,  o ministro da Saúde justificou que o fato aconteceu porque algumas  vacinas, como a Covaxin e a Sputnik-V,  que ainda não receberam o aval da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) foram retiradas do calendário oficial.

“Não podemos dar falsas esperanças à população. Assim que receberem a aprovação, esses imunizantes retornarão ao plano de imunização”, prometeu Queiroga. (Assessoria da parlamentar)

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