O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, divulgou nesta quarta-feira (10) nota de pesar pela morte, aos 100 anos, do jornalista Hélio Fernandes. Leia abaixo:
Nota de pesar
O jornalismo perdeu nesta madrugada um de seus maiores nomes: Hélio Fernandes. Com sua passagem, o Brasil perdeu um homem de grande talento e coragem a toda prova.
No período mais obscuro da nossa história recente – de rara desumanidade -, enfrentou de peito aberto o arbítrio e a violência com a arma de que dispunha: uma máquina de escrever, uma rotativa e a ideia ainda hoje subversiva de liberdade. Seu apoio inicial ao golpe militar foi substituído por franca oposição.
Afinal, só os tolos e os mortos não mudam de opinião. Que seu exemplo sirva de inspiração para esses tempos sombrios em que o presidente da República e muitos de seus liderados novamente namoram teses liberticidas e um regime de exceção.
Em uma recente entrevista ao projeto “Quem tem medo da democracia”, lembrou o discurso feito por Juscelino Kubitscheck e escrito por Augusto Frederico Schmidt: “Deus poupou o meu sentimento do medo”. E assim viveu e dirigiu, por 40 anos, a Tribuna da Imprensa, sempre sob o lema cunhado pelo irmão Millôr: “Jornalismo é oposição, o resto é armazém de secos e molhados”.
Seu legado, do alto de 100 anos de vida, é a defesa intransigente da liberdade: “Quem defende a democracia, defende a humanidade e tudo o que vale a pena. Quem combate a democracia, não tem nem resposta”.
À família, aos amigos e colegas, os nossos sentimentos.
Roberto Freire
Presidente Nacional do Cidadania