Auxílio emergencial é ‘urgentíssimo’, mas PEC não pode misturar ajuste fiscal com benefício, afirma Alessandro Vieira

“Quando se coloca que é necessário aprovar travas fiscais, regras restritivas, congelamento de salários, e que sem isso não é possível pagar o auxílio emergencial, estamos diante de uma mentira”, criticou o parlamentar (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

O Senado aprovou em primeiro turno nesta quarta-feira (04), por 62 votos a favor e 16 contra, a PEC Emergencial (PEC 186/2019) sem a retirada no texto das contrapartidas fiscais defendidas pelo governo após a rejeição do destaque apresentado pelo líder do Cidadania na Casa, Alessandro Vieira (SE). A sugestão previa que a PEC fosse dividida em duas: uma parte conteria apenas a previsão do auxílio emergencial, dispensado do teto de gastos e das restrições orçamentárias, e seria votada imediatamente. O restante do texto, com as contrapartidas fiscais, seria remetido para as comissões permanentes para análise mais longa.

Ao defender o destaque, Alessandro Vieira argumentou que as contrapartidas são importantes, mas o auxílio é “urgentíssimo”, e que os temas não deveriam se misturar.

“Quando se coloca que é necessário aprovar travas fiscais, regras restritivas, congelamento de salários, e que sem isso não é possível pagar o auxílio emergencial, estamos diante de uma mentira”, criticou.

Alessandro Vieira disse que apesar de trabalhar e não conseguir ‘separar as discussões realmente urgentes das discussões fiscais’, houve uma redução de danos aos servidores.

“Não foi possível preservar 100% os servidores públicos, que serão cada vez mais demandados durante e após a pandemia, inclusive e especialmente as categorias da segurança, saúde e educação”, disse na rede social.

Segundo ele, a principal vitória na votação da PEC, no entanto, está na vigência dos congelamentos.

“O governo queria dois anos além do período de calamidade. Tiramos esses dois anos, ficando apenas o período da decretação de calamidade. Da mesma forma, tiramos a imposição obrigatória dos congelamentos contra os servidores estaduais. Passa a ser uma possibilidade a ser definida pelo Executivo local, com a aprovação do respectivo legislativo”, explicou.

“O saldo dessas discussões é que continuaremos lutando por uma política fiscal responsável, mas sem jamais relegar a um segundo plano a política social responsável”, completou Alessandro Vieira.

Marcando posição

Com a rejeição do requerimento do senador do Cidadania,  os líderes da oposição orientaram votação contrária à PEC Emergencial, para marcar posição. Mas eles ressaltaram que são a favor do auxílio emergencial, e que defenderão o restabelecimento do valor de R$ 600 quando o Executivo enviar ao Congresso a proposta com a nova versão do programa. O segundo turno da PEC deve ser votada nesta quinta-feira (04) pelos senadores (Com informações da Agência Senado)

Leia também

Uma nova luta de classes se formando

Uma questão central, hoje, tem que ver com a...

Projeto de Alex Manente impede que agressores sejam motoristas de aplicativos

O deputado Alex Manente (Cidadania-SP) apresentou projeto (PL 1689/2025)...

Em Lages, Prefeitura do Cidadania faz mutirão e recupera ruas de 22 bairros

A Prefeitura de Lages (SC), administrada por Carmen Zanotto...

Nota de Pesar: Cidadania lamenta morte do ex-deputado Berfran Rosado

Companheiro de décadas na construção do PPS/Cidadania no Rio...

Informativo

Receba as notícias do Cidadania no seu celular!