“Vamos derrubar o veto do presidente ao PL 3477!”, defende o parlamentar, relator da proposta no Senado (Foto: Reprodução/Internet)
O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE), fez um apelo para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pautar na sessão do Congresso Nacional desta quinta-feira (25) o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto (PL 3477/2020) de internet nas escolas públicas, o PL de Conectividade. A proposta prevê repasse de R$ 3,5 bilhões da União para estados, Distrito Federal e municípios garantir serviços de internet de qualidade a estudantes e professores.
“Senador Rodrigo Pacheco, amanhã temos a chance de reverter o descaso do governo com a educação. Na sessão do Congresso Nacional, paute o veto ao PL de Conectividade. Se nada for feito, 70% das crianças podem deixar de aprender a ler!”, alertou o senador, relator do projeto no Senado.
Alessandro Vieira disse ser ‘inaceitável’ o aumento da desigualdade social provocada pela crise sanitária e econômica da pandemia do coronavírus, e pede a derrubada do veto total de Bolsonaro ao projeto.
“No ensino fundamental, 73% dos alunos pobres têm acesso à internet, enquanto os ricos são 99%. Por isso, precisamos derrubar o veto ao PL de Conectividade”, defende o líder, ao citar estudos do especialista Naércio Menezes Filho sobre os efeitos na pandemia na escola pública.
“Estamos no pior momento da pandemia, com as escolas novamente fechadas por tempo indeterminado. Para garantir o acesso à educação, precisamos dar internet aos nossos estudantes. Vamos derrubar o veto do presidente ao PL 3477!”, reiterou Alessandro Vieira em outro post na rede social.
O texto do PL aprovado pelo Congresso Nacional em fevereiro previa que os recursos para a ajuda financeira aos estados e municípios viriam do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), dentre outras fontes. Para o senador, é urgente oferecer melhores condições de acesso à internet e educação para alunos e professores.
“Nós estamos falando de cerca de 18 milhões de estudantes brasileiros pobres que estão excluídos da educação. Estamos falando de cerca de 1,6 milhão de professores excluídos da educação”, diz Alessandro Vieira.