Senador é autor de uma emenda que propõe a separação dos dispositivos da retomada do benefício das medidas de ajuste fiscal previstas na PEC Emergencial (Foto: Reprodução/Internet)
O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE), criticou o ministro da Economia Paulo Guedes nas redes sociais pelos ‘sinais trocados’ de sua fala ao mercado sobre os impactos da retomada do auxílio emergencial, e pela insistência do chefe da equipe econômica do governo na vinculação do benefício à PEC Emergencial (PEC 186/2019), que começa a ser debatida nesta terça-feira (02) pelos senadores.
“Guedes fala em “sinais” para o mercado de respeito à responsabilidade fiscal, mas manda “sinais” trocados ao incentivar uma visão catastrófica sobre os impactos da retomada do auxílio emergencial. E insiste em vincular a retomada à PEC Emergencial, coisas absolutamente distintas”, disse o senador Alessandro Vieira no Twitter.
O ministro da Economia vem insistindo que o pagamento do auxílio emergencial sem contrapartidas fiscais seria “caótico” para o País. Ele alega também que o benefício não foi pago ainda porque é necessária a aprovação da PEC, que traz contrapartidas à despesa.
Para rebater o argumento de Guedes, o líder do Cidadania cita estudo do IFI (Instituto Federal Independente), órgão de assessoramento do Senado, no qual seu presidente Felipe Salto mostra que o auxílio emergencial não pode estar vinculado à PEC que cria mecanismos de ajuste fiscal para a União, estados e municípios.
“Como já demonstrou didaticamente Felipe Salto, não cabe essa vinculação. Se o objetivo é pressionar o Congresso, a tática é tola. Precisamos urgentemente das vacinas e do auxílio. E no médio prazo das medidas de ajuste fiscal e das reformas, que precisam tramitar com celeridade”, defendeu.
Fatiamamento
Alessandro Vieira é autor de uma emenda que propõe a separação dos dispositivos da retomada do auxílio emergencial das medidas de ajuste fiscal previstas na PEC Emergencial.
“Por isso o pedido de “fatiamento” [da PEC], na linha de emendas minhas e de José Serra [PSDB-SP]. Aprovação imediata das cláusulas de calamidade para retomada do auxílio e remessa das cláusulas de protocolo fiscal para calendário especial na CCJ. O sinal de que o Brasil é o de respeito às vítimas”, afirmou na rede social.