Live da M23 no Dia Internacional da Mulher: por direitos iguais e mais espaço na política

Eliziane comemora provável criação de Liderança feminina no Senado e Carmen Zanotto homenageia mulheres na linha de frente do combate à Covid

A Secretaria de Mulheres do Cidadania realizou um bate papo nesta segunda-feira (8) com algumas lideranças políticas femininas em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.

Uma das participantes, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) defendeu direitos iguais na política. Para ela, apesar de alguns avanços e de as mulheres serem maioria da população, ainda são minoria na política.

“O Brasil é o segundo país, considerando todas as Américas, com a menor participação feminina. Chega a ser menor que em alguns países orientais. Só vamos mudar esse cenário se mudarmos a legislação brasileira e impusermos essa alteração”, destacou.

A senadora lembrou uma conquista feminina recente, que é a destinação de 30% do fundo eleitoral para mulheres. Para Eliziane, esse fator foi determinante para o aumento de mulheres eleitas neste último pleito.

“Do mesmo jeito que temos 30% de participação na nominata, buscamos esses 30% no orçamento para as campanhas eleitorais. O TSE aceitou a demanda que travamos no Congresso e conseguimos essa obrigatoriedade. Não vamos trabalhar prioridade em politica pública se não trabalharmos prioridade no orçamento”, ressaltou a senadora. 

Ela ainda falou da necessidade de se ter mais mulheres no colégio de líderes e do projeto de resolução que cria uma liderança feminina no Senado, de autoria da parlamentar maranhense. A proposta, segundo ela, tem a aprovação do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, e será votada nesta terça-feira (9). 

“Precisamos ter protagonismo e liderança partidária porque é no partido que se decide todo o processo eleitoral. Da mesma forma no colégio de líderes, porque é lá que é criada a ordem do dia e onde são discutidas as pautas importantes a serem tramitadas. Sobre a liderança feminina no Senado, é um avanço para as mulheres no Brasil. E boas ideias como essa precisam ser reproduzidas em todo o país, nos demais espaços de poder”, sustentou. 

Pandemia

A deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC) falou sobre o aumento do número de casos e mortes decorrentes da pandemia. Ela alertou para a necessidade de se ampliar leitos nos hospitais e homenageou as mulheres que estão na linha de frente combatendo a doença. 

“Esse dia é diferente de tudo aquilo que já vivemos. Faço minha homenagem a todas as mulheres que estão dando a sua vida para salvar vidas. Enfermeiras, técnicas de enfermagem, auxiliares, médicas, cientistas, as que cuidam da limpeza, porque a grande maioria dos trabalhadores na área da saúde são mulheres”, observou. 

Além de destacar a importância desse coletivo de mulheres, Carmen Zanotto pediu que a luta por mais mulheres na política continue. “Não queremos ser mais, mas não podemos continuar sendo menos no parlamento brasileiro. Queremos pelo menos 50% da participação feminina em todos os espaços de poder”.

Para a secretária do núcleo de Mulheres do Cidadania, Tereza Vitale, não há espaço para retrocessos.

“É um momento de comemoração reflexiva. Hoje temos uma visibilidade que nunca tivemos. Entretanto, isso não tira a espada da nossa mão porque podemos perder aquilo que temos e precisamos conquistarmais. Estamos num período absolutamente infelizpara qualquer luta social. Mas precisamos da política, as nossas deputadas e senadoras são nossos faróis, estão dando conta do recado, mas precisamos auxiliá-las. Temos que ser profissionais em todas as nossas lutas”, sustentou. 

Uma das coordenadoras do núcleo Mulheres, Raquel Dias lamentou não poder comemorar nas ruas, como todos os anos, e pediu mais união.

“Hoje seria um dia em que estaríamos dando rosas, nosabraçando. Era normal pra gente ser este um dia de celebração, apesar de ser também de reflexão e luta. Espero que a gente consiga se unificar, trabalhar em rede para superarmos o momento que estamos passando”, disse. 

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