“A maior operação de combate à corrupção do mundo não morreu de Covid. Morreu de estelionato eleitoral”, aponta o líder do Cidadania no Senado (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE), responsabilizou o governo do presidente Jair Bolsonaro pelo fim da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba. O anúncio foi feito pelo MPF (Ministério Público Federal) nesta quarta-feira (03). A força-tarefa foi incorporada ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPF.
“É possível discutir o tamanho da responsabilidade do governo Bolsonaro com relação às mais de 227 mil mortes por Covid, mas no caso da morte da Lava Jato, essa culpa é de 100%. A maior operação de combate à corrupção do mundo não morreu de Covid. Morreu de estelionato eleitoral”, escreveu o parlamentar em seu perfil no Twitter.
O combate à corrupção foi uma das principais propostas defendidas por Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018. Em 2020, no entanto, a força-tarefa do Paraná, responsável pela maior operação contra a corrupção do País, teve um ano de derrotas e redução no seu protagonismo.
Além dos atritos com o procurador-geral da República, Augusto Aras, e da saída do ex-coordenador da operação, Deltan Dallagnol, a equipe teve o ritmo de trabalho reduzido. De acordo com dados do MPF, o número de denúncias oferecidas foi reduzido à praticamente a metade em relação a 2019. Foram apresentadas 15. No ano anterior, foram 29.
Os resultados acumulados da Lava Jato no Paraná incluem mais de 500 pessoas denunciadas ao longo da operação, que foi iniciada em março de 2014.