Para o senador, somente após a decisão da nova rodada do auxílio emergencial é que deve ser tratada a pauta de reformas (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Diante da ofensiva do presidente Jair Bolsonaro com a publicação de quatro decretos no final da semana passada flexibilizando o acesso a armas no País, o líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE), cobrou foco do chefe do Executivo frente à crise sanitária do novo coronavírus, na agilização da nova rodada do auxílio emergencial e no combate à corrupção.
“Você não concorda com um presidente que em pleno Carnaval da pandemia escolhe liberar mais armas e alterar a política do livro didático? Eu também, mas é preciso manter o foco: omissão criminosa no combate à Covid, atraso no auxílio emergencial e destruição da Lava Jato”, comentou o parlamentar no Twitter.
Alessandro Vieira é contra o aumento de impostos para financiar a retomada do auxílio emergencial. Ele também diz que o Congresso Nacional não vai aceitar uma eventual imposição do governo de retomar o benefício, desde que aprovado com a criação de um novo tributo.
“Não existe espaço nesse momento para discussão de um novo imposto, seja para financiar o auxílio, seja para financiar outros gastos frente à pandemia”, afirma o senador, ao defender que o momento é de ‘atendimento imediato’ para oferecer o mínimo de dignidade aos mais vulneráveis.
Para ele, somente após a decisão da nova rodada do auxílio emergencial é que deve ser tratada a pauta de reformas.
“Cuidando especialmente da reforma tributária, onde aí sim você poderá fazer uma revisão do sistema e garantir espaço para melhora da arrecadação, não de aumento de alíquotas, o que o Brasil não aguenta mais”, ressalta Alessandro Vieira.