“Pela TV e pelas redes sociais, à luz do dia, todo dia, Trump organizou e incentivou a invasão do Capitólio”, diz presidente do Cidadania
O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, afirmou nesta quarta-feira (7) que, apesar de pequeno o grupo que invadiu o Capitólio para impedir que a derrota do presidente Donald Trump fosse sacramentada, a tentativa de golpe nos Estados Unidos é preocupante e pode inspirar ação semelhante no Brasil por parte de Jair Bolsonaro caso ele perca as eleições em 2022. O brasileiro se inspira no americano e vem constantemente colocando as urnas e o processo eleitoral sob suspeita.
“Pela TV e pelas redes sociais, à luz do dia, todo dia, Trump organizou e incentivou a invasão do Capitólio e a tentativa de golpe nos USA. Cenas de República Bananeira, chinfrim, mas preocupante pelo perigo que representa o extremismo da direita fascista mundo afora. Ensaio para Bolsonaro?”, indagou o ex-parlamentar.
Na avaliação dele, não se tratou de um simples protesto popular. “Pessoas feridas, uma baleada, um explosivo na sede do partido Republicano e um pacote suspeito na sede Democrata. O que ainda falta para classificar isso como terrorismo sob patrocínio de Trump?”, observou.
Freire argumentou que, já há algum tempo, o presidente norte-americano articula uma escalada contra a democracia no país e hoje tentou um golpe e perdeu. “Trump afetou a arrogância e o ar de superioridade que lhe caracterizam, mas o que fica de sua fala é o reconhecimento humilhante de que sua lunática tentativa de golpe foi derrotada”, disse, ao comentar uma fala de Trump após o agravamento da crise.
“Biden exigiu, Trump pôs o rabo entre as pernas e mandou seus insurretos e supremacistas pra casa. Ele nunca deixará, por todo resto de sua existência, de falar que houve fraude nas eleições. O que importa é que ele teve que se render. Corre riscos de ser processado por incitação criminosa contra as instituições republicanas”, analisou o presidente do Cidadania.