Senadora diz que Ministério da Educação parece não ter estratégia clara para evitar que estudantes fiquem por cinco horas em salas fechadas em meio à pandemia (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Com a alta no número de casos do novo coronavírus nos últimos dias, a líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), voltou a defender o adiamento da aplicação das provas impressas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) agendadas para este domingo (17) e o seguinte (24).
“Os números mostram aumento no número de casos de Covid-19. Não me parece que o Ministério da Educação tenha uma estratégia clara para evitar que 6 milhões de jovens fiquem por cinco horas em salas fechadas e ainda assim tenham garantida sua integridade, em meio a uma pandemia”, disse a senadora à Agência Senado.
No ano passado, o Congresso Nacional aprovou o adiamento do exame do Enem previsto para o mês de novembro de 2020. Eliziane Gama argumentou na época que a manutenção do calendário aprofundaria a desigualdade educacional no País, prejudicando os estudantes da rede pública de ensino que ficaram sem aulas e acesso à internet para acompanhar o conteúdo das matérias por meio remoto durante a pandemia da Covid-19.
“A proposta é justa e garante a isonomia entre os alunos da rede pública e privada de ensino. O Enem é sim um instrumento importante para diminuir a desigualdade social no País”, disse a senadora, em maio, quando o Senado aprovou adiamento da prova.
Na última sexta-feira (07), a Defensoria Pública da União pediu à Justiça o adiamento das provas na última sexta (7), junto com a UNE (União Nacional dos Estudantes), a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e as entidades Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Educafro.
Acesso ao ensino superior
O Enem é hoje a principal porta de acesso ao ensino superior no país e, inicialmente, seria aplicado em novembro, mas teve a data alterada devido à pandemia. Com 5,78 milhões de candidatos confirmados, o exame terá sua versão digital realizada em 31 de janeiro e 7 de fevereiro (Com informações da Agência Senado)