Vice-líder do Cidadania justifica o aumento de casos de Covid-19 e do isolamento social como motivos para o pagamento de novas parcelas do benefício (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
Em entrevista à revista Exame , o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) voltou a defendeu a discussão pelo Congresso Nacional da manutenção do auxílio emergencial nos próximos meses. Para ele, o benefício é cada vez mais necessário para a população enfrentar a pandemia do novo coronavírus, e deveria entrar na pauta no primeiro dia do início dos trabalhos legislativos.
Relator do auxílio no Senado, o vice-líder do Cidadania na Casa justificou o aumento de casos de Covid-19 e do isolamento social como motivos para o pagamento de novas parcelas do benefício.
Alessandro Vieira apresentou, em dezembro, um projeto de lei (PL 5495/2020) para prorrogar o auxílio emergencial até março desde ano, mas como recesso parlamentar só termina dia 1 de fevereiro a proposta ainda não foi discutida no Senado
“Precisamos esperar a volta do recesso, em fevereiro, mas está ficando cada vez mais clara a importância de providenciar algum tipo de socorro à população vulnerável”, defende o senador.
Desde o início da pandemia, foram destinados mais de R$ 288 bilhões em pagamentos do benefício. Entre abril e setembro, o valor do benefício era de R$ 600 por pessoa ou R$ 1,2 mil para mães provedoras da família. De outubro até dezembro, pagamento da última parcela, o valor cairia pela metade.
Alessandro Vieira reconhece as limitações fiscais para o pagamento de novas parcelas do benefício e diz que o Congresso precisa encontrar altenativas para que a medida não ultrapasse os limites do teto de gastos públicos.
“Temos total ciência da importância da questão fiscal, portanto a intenção é encontrar formas de financiamento que não aumentem o volume de gastos”, disse o senador à Exame.
Convocação extraordinária
Alessandro Vieira também apresentou requerimento para convocação extraordinária do Congresso este mês para debater a renovação do auxílio, do estado de calamidade e o plano de vacinação contra a Covid-19.
“Não podemos aceitar o fim formal do estado de calamidade se a calamidade continua. Não podemos nos abster sobre um tema fundamental como a imunização da população”, afirma na justificava do documento.