Senador e deputados Tabata e Rigoni querem explicações sobre elevação de 20% em compras que incluem produtos como leite condensado, chiclete, alfafa, entre outros
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) protocolou nesta terça-feira (26) uma representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) para apurar os gastos do Executivo com alimentação em 2020. Também assinam o documento os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES).
“Em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de despesas é absolutamente preocupante e precisa ser investigado”, disse o senador em sua conta no Twitter.
Reportagem do site Metrópoles do último dia 24 revelou gasto de R$ 1,8 bilhão pelo governo federal em alimentos, um aumento de 20% em relação a 2019. Dentre os itens, estão mais de R$ 15 milhões com leite condensado, R$ 16,5 milhões em batata frita embalada, R$ 13,4 milhões em barra de cereal, R$ 12,4 milhões em ervilha em conserva, R$ 21,4 mi em iogurte natural e mais de R$ R$ 2 milhões com goma de mascar.
No documento, os parlamentares pedem que o TCU adote medidas adequadas para verificar a legalidade, legitimidade e economicidade das compras efetuadas a título de alimentação pelo governo federal, cominando-se as sanções cabíveis.
O estranho aumento e a lista de itens comprados repercutiram nas redes sociais. O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, criticou o perfil de gastos, tendo em vista que o governo preferiu economizar com a compra de vacinas, um item de primeira necessidade para os brasileiros em meio à pandemia.
“Bolsonaro e um governo que economiza com compra de vacinas, mas gasta R$ 1,8 bilhão com mercado. Além dos R$ 15 milhões com leite condensado, salta aos olhos que tenham torrado R$ 1 milhão com alfafa. E o chiclete! Se o presidente resolver dar um golpe, não o fará de barriga vazia”, ironizou.