Líder do partido que foi o primeiro a apresentar uma emenda para tornar permanente o 13º do Bolsa Família, o deputado Arnaldo Jardim (SP) reagiu, na manhã desta sexta-feira, com indignação à acusação de Jair Bolsonaro de que o presidente da Câmara é o culpado por, supostamente, não ter pautado o tema.
“É muita desfaçatez do presidente da República. Bolsonaro edita uma MP com previsão de pagar o benefício apenas em 2019, não faz o mínimo esforço para exigir da sua base a votação da matéria e agora tenta transferir responsabilidades. A verdade é que essa situação mostra claramente que o ministério da Economia, que nunca esteve a fim de ajudar os mais pobres, convenceu o presidente que ficou inerte vendo a banda passar”, criticou Jardim.
O Cidadania na Câmara foi o primeiro partido a propor que o abono natalino do Bolsa Família se tornasse um benefício permanente. Emenda nesse sentido foi apresentada pelo então líder da legenda, deputado federal Daniel Coelho (PE), tão logo a MP foi editada em outubro de 2019. A proposta foi aceita pelo relator da matéria na comissão mista, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
No entanto, a base aliada, com o aval do Palácio do Planalto, optou por esvaziar as negociações para tentar votar a proposta em plenário.
“Desde o início de 2020 estamos defendendo que é preciso pagar o 13º do Bolsa Família todos os anos e não apenas num único exercício, como foi originalmente proposto pelo presidente Jair Bolsonaro na referida MP, mas o Executivo optou pela maldade contra os mais vulneráveis”, acrescentou o líder do Cidadania.