“Alguém tem que avisar Jair Bolsonaro que não se combate a Covid-19 com armas de fogo. É com vacina”, diz líder do Cidadania

Fala do parlamentar é uma reação à decisão do governo de zerar imposto de importação para revólveres e pistolas

O líder do Cidadania na Câmara dos Deputados, Arnaldo Jardim (SP), criticou, nesta quarta-feira (9), decisão do governo Bolsonaro de zerar a alíquota do imposto de importação para revólveres e pistolas. O próprio presidente da República, em postagem numa rede social, comemorou a resolução editada pela Camex, que vale a partir de janeiro de 2021.

“Alguém tem que avisar Jair Bolsonaro que não se combate a Covid-19 com armas de fogo. É com vacina. É lamentável que o governo tenha facilitado a compra de pistolas e revólveres em vez de vacinas, seringas e luvas. O brasileiro, povo pacífico que é, busca ferramentas que poupem vidas e não as tire. Enquanto, em plena pandemia, o mundo corre para imunizar suas populações contra uma terrível doença, por aqui, o Palácio do Planalto incentiva o armamentismo”, disse o parlamentar.

Arnaldo Jardim é autor de um requerimento de informação que questiona o Ministério da Saúde para obter detalhes sobre como o governo se prepara para fornecer os insumos necessários para a vacinação de brasileiros contra a Covid-19. O deputado se mostra preocupado com a desorganização do processo federal de imunização da população.

“Causa absoluta perplexidade o fato de que o governo não se dedique com afinco para fechar o cerco contra o Coronavírus. Não se tem notícia de um plano federal organizado e rígido de vacinação. Nesse sentido, o Congresso Nacional precisa reagir com firmeza e dar, com ou sem colaboração do Palácio do Planalto, uma resposta eficaz para combater essa e outras doenças”, acrescentou o líder.

Sobre o pedido de informação formulado por Arnaldo Jardim, o ministro da Saúde tem 30 dias para responder à Câmara, sob pena de incorrer em crime de responsabilidade , caso se recuse a responder ou preste informação inverídica.

No Twitter, o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, condenou a decisão de Bolsonaro e lembrou o papel do ministro da Economia, Paulo Guedes, na redução do imposto.

“A inflação dos alimentos em alta, o desemprego e a miséria avançando, muitos voltaram até a cozinhar com lenha. Quando têm o que comer. São as famílias que se beneficiarão do imposto zero pra pistolas ou o crime organizado? A prioridade de Guedes e Bolsonaro é armar as milícias”, protestou.

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